Huaraz – Peru

09/10/15

Dia longo, pensamos em ir para Huaraz, direto, pelas montanhas, carretera Central, mas descobrimos ser impossível, pois, apesar do visual maravilhoso de vales e montanhas, a estrada está em construção, muuitas curvas, passa por vários vilarejos e a velocidade média fica nos 30km/h. Assim, o jeito foi ir para a costa, pela Panamericana e pernoitarmos em Trujillo, depois de 9 horas pra percorrer menos de 400 km.

10/10/15

seguimos pela Panamericana até Chimbote e daí, rumamos para as montanhas, rumo ao Callejón de Huaylas, vale entre as Cordilheiras Negra e Branca, onde está Huaraz. A cordilheira tem esses nomes pois, a Negra, devido à ação dos ventos que vêm da costa, não conserva a neve e tem picos escuros. Já a Branca, protegida dos ventos pela Negra, tem neve eterna em seus picos. Cruzar a cordilheira é sempre emocionante, com seus altos picos e vales profundos. E o que me impressiona, é ver os campos cultivados nas altas encostas. Em geral, são pequenas fazendas, familiares, cultivadas com arado à tração animal e irrigadas. Onde não há irrigação vemos tudo seco. E, claro que paramos para muitas fotos. Saimos do nível do mar, passamos dos 4000msnm, descemos ao vale e subimos novamente, avistando agora a Cordilheira branca, até chegar a Huaraz, a uns 3200 msnm. O hotel que tínhamos reservado estava fechado (???), mas logo achamos outro, Santa Cruz e fomos muito bem recebidos pelo Jorge. Pedimos uma pizza e dormir.

11/10/15

hoje vamos conhecer a Quebrada Llanganuco, no Parque Huascaran, que fica a umas 2,5 h daqui. Passamos por Carhuaz, com seu mercado e Yungay, uma cidade que foi soterrada por uma avalanche de neve e pedras nos anos 70 e que foi reconstruída. Daí, pega-se uma estrada de terra esburacada até a entrada do parque. Paga-se 20 soles (US$6) e segue-se de carro. Pode-se parar (e é o que a maioria das pessoas faz) na lagoa Chinancocha (em Quichua: lagoa femea), que tem um centro recreativo e até canoas pra alugar. A lagoa, formada pelo degelo dos nevados Huascarán, Huandoy, Pisco, Yanapaccha e Chopicalquique que desce por uma área de pedras calcáreas, tem uma incrível cor azul turquesa, destacada ainda mais pelos majestosos picos que a rodeiam. Logo à frente, está a lagoa Orconcocha (lagoa macho), menor e com o mesmo tom azul turquesa, e com uma praia de areias avermelhadas e águas geladas. Lembrar que estamos a quase 4000msnm. Pode-se caminhar por lá e tem também trilhas para todos os gostos, desde uma hora até vários dias, como a trilha Santa Cruz. Voltamos ao carro e seguimos pela estrada até a entrada da trilha para a lagoa 69, que dizem ser muito bonita, mas esta é uma trilha de umas 6 horas e não dá pra ser hoje. Seguimos subindo num zigzag maluco, com a vista maravilhosa dos nevados e glaciares, até que chegamos no paço Portachuelo, a 4710 msnm, cortado na rocha. Aí, voltamos a descer vimos outras lagoas do outro lado da Cordilheira Branca. Na verdade, esta estrada dá a volta no parque, mas levaria umas 8 horas até estarmos de volta a Huaraz. Achamos melhor voltar por onde viemos, fizemos meia volta, apreciando os diferentes ângulos dos imensos montes nevados. Ah, descobrimos que o símbolo da Paramount Pictures, foi inspirado em um deles. Chegamos a Huaraz de noite e com chuva.

12/10/15

hoje é dia de revisão da Cherry, o que acabou tomando todo o dia e assim, demos uma volta pelo centro da cidade, sem grandes atrativos, eu voltei pro hotel para baixar fotos e o Fê foi à concessionária, fazer pressão. As atrações por aqui são as trilhas, lagoas e escalada. Hoje, aqui no hotel, chegou um grupo grande de montanhistas. O Huascarán é o pico mais alto do Peru, com 6768 msnm e para encará-lo, tem que ter muito preparo e guias especializados. Não é o nosso caso, hehehe.

Vejam as fotos: