Galápagos em Cruzeiro – Equador

21/09/15

Pela manhã pegamos um táxi e fomos conhecer a lagoa El Junco, que fica na cratera de um vulcão. A subida é tranquila, mas o tempo fechado e neblina tiraram parte da beleza do passeio que é a vista da baía de San Cristóbal. Ficamos um pouco lá em cima, ouvindo as fragatas e, às vezes, batia um vento, abria um pouco e conseguimos ver a lagoa e as fragatas mergulhando. Não se sabe porquê elas vêm aqui, mas o fato é que vem e ficam como que se “lavando” na água doce da lagoa. Voltamos ao B&B, pegamos nossas coisas e fomos pro cais, pois hoje embarcamos para 7 dias de barco, visitando ilhas mais remotas de Galápagos. Fomos recebidos pelo James, que será nosso guia. Somos no total, 14 pessoas, de várias partes do mundo e a língua oficial é o inglês. Nosso iate é o Majestic, com capacidade para 18 pessoas em 9 cabinas, mais 9 tripulantes e o James. Enquanto esperávamos por ali, vimos o nascimento de um lobo marinho, entre as pedras do cais, com a mãe tirando o filhote da água rapidamente e colocando-o no alto, em lugar seguro. Pegamos o bote até o barco e fomos recebidos com um suco e, logo em seguida, almoço. À tarde, nossa primeira atividade: visitar as tartarugas gigantes na parte alta (pelo menos foi em outro lugar). Depois do jantar, todos se apresentaram, conversamos um pouco e cama, que amanhã o dia é cheio.

22/09/15

navegamos toda a noite e fundeamos hoje em Floreana, outra ilha desabitada, e fomos de bote até a praia, para uma caminhada, primeiro até o Post Office, onde, desde o século 19, são deixadas cartas que eram recolhidas e entregues pelos navios que ali aportavam. Ainda hoje pode-se deixar postais que são recolhidos e entregues por outros viajantes. Dali caminhamos pela praia, em uma área em que a areia é verde, devido à olivina, um pigmento que vimos também no Havaí, até Cormorant Point, uma área de nidação de pássaros, com centenas deles. Mais um pouco e chegamos a uma lagoa salgada, com alguns flamingos, que aqui são mais alaranjados que rosados. Floreana foi sede de alguns eventos inexplicados, na década de 30, quando 3 grupos de colonizadores alemães aqui chegaram, com assassinato de alguns, desaparecimento de outros e apenas os descendentes de uma das famílias ainda vive em Galápagos. À tarde, snorkel em águas profundas, no Devil’s Crown, um cone vulcânico colapsado, rico em vida marinha, mas com uma forte corrente, que exige cuidado redobrado. Sempre orientados pelo James e seguidos de perto pelo Bryan, no bote, pudemos ver uma variedade de peixes, nadar com leões marinhos que parecem se divertir conosco, avistar tubarões e tartarugas marinhas. De volta ao barco, relaxar na jaccuzzi, tomar um banho e saborear a deliciosa comida do chef Darwin.

23/09/15

Mais 8 horas de navegação e chegamos a Española, a ilha mais ao sul e mais “velha” de Galápagos. Estávamos no convés, quando vimos um atobá de pé azul voando e que logo pousou no braço do Fê, como se fosse um falcão. E ficou ali, subindo pelo seu ombro e cabeça. Passou pro meu braço, até que o capitão nos deu uma bronca e eu o soltei para voar, mas daí a pouco ele estava de volta ao barco e pousando em nosso braço. O problema é que ele se acostuma com os barcos que lhe dão alimento e depois não consegue se virar sozinho. Descemos em Punta Suarez, numa praia de areias brancas e iguanas marinhas, que aqui tem a pele bem avermelhada. Navegamos mais um pouco e chegamos a Gardner Islet, uma ilhota onde fizemos uma caminhada até o alto, com uma vista deslumbrante do mar verde-azulado de Galápagos. À noite o Fê fez um filminho de despedida com as fotos desses 3 primeiros dias, que foi o maior sucesso.

24/09/15

hoje parte do grupo desembarcou em Santa Cruz, ficando apenas nós e outro casal, Sylvia e Patrick, australianos e muito gente boa; então pela manhã fomos novamente, ver os Gemelos. À tarde, o pessoal foi com o James à Estación Darwin, mas como já tinhamos ido por 2 vezes, resolvemos ficar descansando no barco. E, outro grupo subiu ao barco. Somos agora, 16 pessoas, incluindo uma menininha de 3 anos.

25/09/15

navegando toda a noite, fomos pro norte, para a ilha de Genovesa, de areias vermelhas e conhecida como a ilha dos pássaros. Desembarcamos num pier rústico, com degraus naturais e bem íngremes para uma caminhada pela ilha, onde pudemos ver centenas de pássaros, já que aqui é uma área de nidação: atobás de pé azul, de pé vermelho, atobá de Galápagos, fragatas, garças, cormorões, pelicanos, os famosos tentilhões ou Darwin finch e um casal de gaviões de Galápagos, com seu lindo e enorme bebê. Vimos bebês de várias idades, que nos observavam passar. Aqui fiz uma amiga especial, a pequena Sadira, uma menininha muito simpática e inteligente, que dava boas risadas com minhas palhaçadas. Depois, seguimos para Darwin Bay para mais um snorkel em águas profundas e cristalinas, com peixes multicoloridos, tartarugas e leões marinhos.

26/09/15

depois de uma noite bem “chacoalhada”, pois navegamos em mar aberto por 8 horas, chegamos a ilha Rabida e nosso dia começou com uma caminhada pela ilha. Demos uma volta de bote, procurando pelos lobos marinhos de pele (que foram quase dizimados por causa de sua pele, usada para casacos) e vimos apenas 3. A diferença para os demais lobos marinhos é sua pele mais macia, orelhas, olhos e bigodes maiores. Paramos na praia onde vimos mais lobos marinhos, atobás e um lindo gavião de Galápagos, jovem, com sua plumagem ainda dourada. Quando adulto, a cor predominante é um marrom bem escuro. Como têm pouco contato com humanos, ficam tranquilos, não têm medo de nós. Uma caminhada nos levou a um ponto mais alto, de onde se tem uma vista maravilhosa do mar azul turquesa, ilha de Santiago e outras ilhas próximas. De volta à praia, snorkel saindo da praia e contornando as rochas, com muito peixe e mais leões curiosos. O Fê perdeu sua máscara e tubo e voltamos com o Bryan pra procurar e vimos o tubo na boca de um lobo marinho, que estava se divertindo com ele. Bryan ainda tentou ir atrás, mas ele mergulhou e desapareceu. Era uma vez… À tarde, mais um snorkel no Chapéu Chinês, mais tartarugas leões e muitos peixes. E à noite, pudemos apreciar o espetáculo da Lua de Sangue, já que estávamos no mar, sem luzes para atrapalhar. Impressionante ver a lua vermelha! Só não consegui fotografar bem, pois o barco estava balançando muito.

27/09/15

navegamos toda a noite até Cerro Brujo, em San Cristobal, , onde fizemos mais snorkel, com tartarugas, lobos e num ponto onde haviam tubarões de pontas brancas, dez, que se esconderam em uma caverna. O James disse que não são agressivos e acreditamos. É emocionante ver este bichões tão de perto e no seu habitat. Á tarde fomos snorkelar no Leão Adormecido, umas rochas no meio do oceano, com uns túneis e profundidade de uns 25 m. De novo, leões marinhos, tartarugas e mais tubarões, além de vários cardumes. Além de uma corrente forte, que deu um pouco de medo. Mas é tanta vida marinha, que o tempo passa sem que se perceba. Pra quem não sabe, eu não sei nadar, mas, aqui, não dá pra resistir. Coloco um colete salva-vidas e lá vou eu. O segredo é não se apavorar e relaxar. Claro, que o Fê nada muito bem e está sempre do meu lado, o que ajuda bastante. Mas, procuro vencer os meus medos e aproveitar. Ainda fomos, de bote, ver os pinguins de Galápagos. De volta ao nosso barco, estávamos nos preparando para zarpar quando vimos uma baleia! Rapidamente, pegamos o bote e fomos até lá, e era uma mamãe com seu bebê de algumas toneladas, nadando bem perto de nós! Este foi um super bônus, pois não é época de baleias por aqui. Somos mesmo muito sortudos. Agora sim, rumamos para Puerto Baquerizo e um jantar de despedida, pois amanhã desembarcamos. Fazer um cruzeiro por Galápagos não é muito barato, mas vale muito a pena, pois só de barco se consegue chegar a algumas ilhas. Conseguimos uma promoção de última hora, com quase metade do preço e nosso barco, Majestic, era ótimo, uma tripulação pra lá de profissional e que fazem de tudo pra nos agradar. Além de 5 refeições ao dia, o que certamente acrescentou alguns quilos a todos. E excelentes companheiros de viagem, que tornaram tudo ainda mais prazeroso. Sentiremos falta dos novos amigos.

28/09/15

desembarcamos hoje em San Cristóbal e fomos conhecer o Centro de Interpretação, com painéis sobre a geologia, flora, fauna e vida humana locais e como estão se mobilizando para preservar este maravilhoso patrimônio que têm. Certamente, Galápagos passou para a lista de lugares favoritos que visitamos. Agora é pegar o avião de volta a Quito, para voltarmos pra estrada, revigorados por tanta beleza e bons momentos que vivemos aqui.

Vejam as fotos:

Vejam o vídeo: