Halifax, Nova Scotia – Canadá

03/12/2014

Dia chuvoso, ventando e frio, nos despedimos do Doug, nosso anfitrião e rumamos para a estrada. Pensamos em ir de balsa, mas com tempo ruim e ventando, optamos por ir de carro mesmo. Para se chegar ou sair de Prince Edward Island deve-se cruzar a Confederation Bridge. Detalhe: não se paga pedágio para entrar, mas ao sair, paga-se logo 45 dólares canadenses. Acho que ainda estão pagando a construção, hehehe. Seguimos em direção a Halifax, com chuva todo o tempo. Paramos num mercado de fazendeiros na beira da estrada e comemos uma sopa bem quentinha. Chegamos a Halifax, capital da Nova Scotia, no meio da tarde e cruzando a linda MacDonald Bridge, uma ponte suspensa construída em 1955 e que dá direto no centro da cidade. Achamos nosso hotel facilmente, numa ótima localização, perto do centro histórico e do calçadão do porto. O hotel é bem legal, num casarão antigo de 1876, com móveis de época e com uma decoração de Natal linda. Apesar do frio, saimos para andar pela Spring Garden Street, com muitos bares e o lindo prédio da Biblioteca Central, todo em vidro. Na praça Grand Parade, onde está a prefeitura, tem uma enorme árvore de Natal. Aliás, cada decoração de Natal é mais linda que a outra. Caminhamos mais um pouco por ali e voltamos pra ”casa” onde nos aguardava um chá quente com bolo. Nada mal ….

04/12/2014

Sem chuva, mas ventando muito de frio. Fomos caminhar pelo calçadão na orla, mas quase tudo estava fechado e com o aviso de “voltamos em maio/2015”. Mas o mercado do porto estava aberto, com algumas poucas barracas de frutas e artesanato. Há também um grupo de casas históricas, bem como alguns armazéns que eram usados por piratas, para guardar seus tesouros, com o consentimento das autoridades locais. Passamos pelo cassino, só pra nos aquecer um pouco e seguimos pelas passagens de pedestre, que ligam vários prédios, até sairmos novamente na rua. Aqui também tem uma cidadela, uma cidade murada, que servia para observar o porto, um dos maiores portos naturais do mundo e avisar da presença de inimigos e, posteriromente, defender a cidade dos vários ataques. Em 1917, dois navios colidiram, sendo um carregado de munição, tendo havido, o que ficou conhecido como a “ Grande Explosão”, onde morreram umas 2000 pessoas e 9000 ficaram feridas e dezenas de milhares desabrigadas. Foi a maior explosão provocada pelo homem, até a explosão da bomba atômica. Nos dias seguintes, várias provincia canadenses e, mesmo, alguns estados americanos, se uniram para ajudar a controlar o fogo e reconstruir a cidade. A Cruz Vermelha de Boston e o Public Safety Committee de Massachusetts tiveram um papel preponderante, e, como reconhecimento, a cada ano, a árvore de Natal do Boston Common, um parque central em Boston, é doada pela Nova Scotia. A entrada principal da Cidadela estava em reforma e fomos contornando a muralha, até que achamos uma porta pequena, nos fundos, e entramos. E caímos no meio de uma filmagem! Vimos um povo vestido com roupa de época, cavalos, carruagens. A princípio, achamos que era algum show acontecendo, mas aí, observamos toda a parafernália e, antes de virarmos a esquina, resolvemos perguntar o que era aquilo. E o rapaz nos explicou que estavam gravando um filme para a televisão, Lizzie Borden, a história de uma mulher acusada de matar o pai e a madrasta a machadadas, em 1892. Cristina Ricci, a Wandinha da família Adams, é a estrela principal. Que não estava lá, no momento. Como já estávamos por lá, fomos conhecer a cidadela, pelas áreas onde não estavam filmando. Claro que o Fê tomou uma catracada por estar tirando fotos das pessoas caracterizadas e do cenário. Mas, um “sorry” e tudo certo, hehehe. Voltamos, descendo pelas ruazinhas com suas casas antigas e coloridas, e paramos num bar em frente ao nosso hotel, para um happy hour.

05/12/2014

Dia de sol, mas temperatura de -6o C, pegamos o carro e fomos conhecer Lunenburg, seguindo por estradas menores e bastante cênicas, com rio, lagos, mar, faróis e vilas com suas igrejas. Aliás, as igrejas são um caso à parte, com sua arquitetura especial e diferentes crenças: católica, anglicana, luterana, presbiteriana, batista e outras mais. Lunenberg é uma cidade com arquitetura bem preservada e considerada Patrimonio Histórico da Humanidade, pela UNESCO. Foi uma das primeiras colônias britânicas planejada, no intuito de assentar famílias protestantes. A cidade tem uns 2500 habitantes e vive da pesca, construção de barcos e turismo. É bem gostoso andar por suas ruas, com vista do mar abaixo e casas bem preservadas. Dominando a cidade, no topo da Gallows Hill, está a Lunenburg Academy, um edificio todo em madeira, construído em 1895, para ser uma escola completa, e que funciona até hoje como escola. Mantém a estrutura original, exceto por uma torre e o telhado que foram reformados. É, realmente, impressionante. Ao lado, um cemitério antigo, com lápides do fim do século 19. Para espantar o frio, paramos num café, que também vende coisas pra casa e artesanato, e tomamos um chocolate quente. Voltamos pra estrada, seguindo pela estrada que vai margeando a baía, e chegamos a Peggys Cove, outra vila com um lindo farol junto às pedras e ficamos por lá até o cair do sol no mar e nascer da lua, atrás de nós. Não podia ser melhor. De volta à estrada e 40 minutos estávamos de volta à Halifax. Amanhã deixamos a Nova Scotia e voltamos a New Brunnswick.