Toronto, Ontario – Canada

04/11/2014

Deixando novamente os EUA, para voltar ao Canadá. Dia chuvoso, sem muita novidade. Cruzamos a fronteira, sem problemas. Um oficial americano, super simpático, que ficou conversando conosco e que também gosta de viajar. No “limbo” da fronteira tem uma zona livre para compras, mas acabamos passando direto. Chegando a Toronto, já anoitecendo, ás 5 horas da tarde e com bastante trânsito. Achamos nosso hotel, sem problemas, comer alguma coisa e cama!

05/11/2014

Hoje voltamos a Niagara Falls, dia frio mas com sol. Como é baixa estação, não tivemos problema para estacionar. É uma cidade, localizada na província canadense de Ontário, perto da fronteira com os Estados Unidos, Estado de Nova Iorque, à beira do Rio Niágara. À leste, a cidade de Niagara Falls, Ontário, Canadá conecta-se através de duas pontes com a cidade de Niagara Falls, Nova Iorque, EUA. Sua população é de 78 815 habitantes. A principal atração são as Cataratas do Niágara, compostas por três grupos distintos de cataratas: as Cataratas Canadenses, as Cataratas Americanas e as Cataratas Bridal Veil (Véu da Noiva). Embora não sejam excepcionalmente alta, as Cataratas do Niágara são muito largas, sendo facilmente a mais volumosa queda d’ água localizada na América do Norte. A altura das cataratas é de aproximadamente 52 m, embora as Cataratas Americanas tenham 323 m de largura e uma queda livre de apenas 21 m, antes de cair sob uma camada de rochas – que foram depositadas em 1954, após uma gigantesca avalanche. As Cataratas Canadenses são as maiores das três cataratas, com seus 792 m de largura. O volume de água que desagua nas Cataratas do Niágara é de aproximadamente 5720 m³/s, em março, abril, outubro e novembro. Já nos meses de verão, muita da água do Niágara é desviada para as hidrelétricas da região – assim, o volume de água desaguando nas Cataratas do Niágara nos meses de verão, em média, 2832 m³/s. Este volume diminui ainda mais à noite, quando mais água é desviada. O nome “Niágara” vêm de uma palavra iroquesa que significa “trovoada de águas”. Os habitantes originais eram os Ongiara, uma das 5 tribos iroquesas que habitavam a região, chamados de “Os Neutros” por assentadores franceses, porque esta tribo ajudou os franceses a mediar várias disputas entre os assentadores franceses com outras tribos indígenas da região. O turismo é a principal fonte de renda da cidade, que conta com vários hotéis e alguns cassinos e atrações como ir de barco até próximo `as quedas d’agua, atravessar o rio num bondinho, subir a torre, etc. E passear ao lado das cataratas, recebendo o spray que envolve tudo próximo. Depois de ficarmos um bom tempo por ali, pegamos o carro e fomos seguindo a Niagara Parkway, que vai acompanhando o rio Niagara, parando em vários pontos para fotografar. Passamos por Niagara-on-the-lake, uma cidade pequena, bem charmosa á beira do lago, com suas casas características e orla arborizada. Final de tarde, pegamos o maior trânsito de volta a Toronto. Já tínhamos esquecido como era isso…

06/11/2014

Hoje andamos pela cidade e subimos a CN Tower, uma torre turística e de comunicações que tem 553,33 metros (1,815 pés), 1 de altura, sendo a segunda maior torre do mundo. Ultrapassou a Torre Ostankino em 1975, quando sua construção foi concluída e foi declarada a estrutura mais alta do mundo. Em 12 de setembro de 2007 após ser detentora do título por 32 anos, a Torre CN foi ultrapassada em altura pelo edifício Burj Khalifa. Ela é o principal cartão postal de Toronto, atraindo mais de dois milhões de visitantes anualmente. CN se refere originalmente a Canadian National Railway, a companhia ferroviária que construiu a torre. Privatizada em 1995, a nova administração da companhia decidiu se desfazer de qualquer propriedade que não estivesse relacionada com o setor ferroviário. Com isto, a posse da Torre CN foi transferida para a Canada Lands Company, uma companhia do governo canadense. A torre já era popularmente conhecida como CN Tower, e o governo, que queria remover o nome da empresa ferroviária da torre, mas para manter o acrônimo intacto, mudou seu nome para Canada’s National Tower. O conceito de construção da Torre CN foi proposto em 1968 pela Canadian National Railway para resolver constantes problemas de comunicações que aconteciam devido à construção de prédios e arranha-céus cada vez mais altos no centro da cidade, e para mostrar a força da indústria canadense, e a da CN em particular. O plano evoluiu nos anos seguintes, até que em 1972 o projeto tornou-se oficial. A torre faria parte do Metro Centre, uma grande estação Ferroviária em construção fora da cidade. No final dos anos 1960 e início dos anos 1970, Toronto era uma “cidade explosiva”, com a construção de inúmeros grandes prédios no centro. A radiodifusão no centro da cidade ficou muito difícil, devido às reflexões fora dos edifícios. A única solução seria instalar as antenas acima dos edifícios, exigindo uma torre de 300 metros (984 pés) de altura. Além disso, naquela época a maioria das comunicações de dados ocorria por transmissão de microondas, cujas antenas foram colocadas nos telhados de grandes edifícios. Com um novo arranha-céu construído a cada ano no centro econômico da cidade, os links de microondas já não eram possíveis. A Torre CN é destinada ao aluguel de suas antenas para transmissão de sinais, cobrindo praticamente qualquer construção na grande Toronto e pode ser vista de lugares tão distantes como a Gamble Street, em Richmond Hill, Ontário, a aproximadamente 30 quilômetros ao norte, e de vários pontos da costa sul do Lago Ontário, a 48 quilômetros ao sul. Sua altura total é de 553 metros e 33 centímetros, sendo que o principal observatório da torre está localizado a aproximadamente 342 metros de altura. A torre possui um segundo observatório, o Sky Pod, localizado a 447 metros de altura, o mais alto do mundo e é considerada uma das Sete maravilhas do Mundo Moderno pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis. Após a inauguração da Torre CN, a Canadian National Railway logo viu que a torre era muito mais lucrativa como uma atração turística do que uma torre de transmissão. Com cerca de um milhão de turistas subindo a torre anualmente, desde que foi construída, nunca operou no vermelho. Seus custos de construção foram pagos em apenas 15 anos. Outra curiosidade é a escada que vai desde o térreo até o principal observatório – ela tem 1 776 degraus, e é a escada mais longa do mundo. Projetada principalmente para casos de emergências, anualmente a escada é utilizada duas vezes para “escaladas de caridade” – abertas a quaisquer pessoas que queiram participar e ajudar a comunidade. A média do tempo que um escalador leva para subir todos os 1 776 degraus é de 30 minutos, sendo que o recorde é de 7 minutos e 52 segundos. O elevador panorâmico leva menos de 1 minuto para chegar ao observatório. Detalhe: as paredes são de vidro e tem vidro também no piso. E quando você sai do elevador, a 342 m de altura, há um piso de vidro e você enxerga o chão láááaa embaixo. Dá uma certa vertigem na primeira vez. O dia estava meio nublado, então o Sky Pod estava fechado e a visibilidade um pouco prejudicada. Mas valeu, mesmo assim. Ao lado está o Rogers Centre, um centro esportivo para até 55 mil espectadores, com teto retrátil e a casa dos Blue Jays, o time de baseball da cidade e que será o palco de abertura dos Jogos Olímpicos e Para de 2015. Seguimos caminhando até o ROM (Royal Ontario Museum), no Queen’s Park, um dos maiores museus da América do Norte, estabelecido em 1912 e tendo sofrido várias ampliações, sendo a última em 2002 a um custo de 270 milhões, com projeto do arquiteto Daniel Libeskind, uma estrutura cristalina descontrutivista (como pirâmides invertidas) que gerou alguma polêmica á época. O objetivo foi atrair mais visitantes e angariar mais fundos para os projetos de educação, pesquisa, conservação e ampliação das galerias. Tem ala de arqueologia, paleontologia, história natural, culturas dos vários povos, etc. Passamos o resto do dia por lá e, certamente, não vimos tudo. Retorno para casa debaixo de chuva e já de noite, `as 5hs.

07/11/2014

Compramos ontem um passe que dá direito a visitar 5 atrações e uma delas é o zoológico. Como estava frio e chuvoso e é meio afastado, pegamos o carro e fomos até lá. É enorme, com animais de todos os lugares, em áreas preparadas para recebê-los mas o destaque são os 2 pandas gigantes. É legal, em muitos casos o zoo tem um trabalho de preservação e recuperação dos animais, mas dá dó vê-los trancafiados. A ursa panda foi inseminada recentemente e estão acompanhando com ultrassonografia para ver como vai evoluir. Não é muito fácil a reprodução em cativeiro. Fomos também ver os ursos polares e há um bebê, nascido em cativeiro, de um ano e 100 kg, hehehe, que teve que ser afastado da mãe pois ela não conseguia alimentá-lo adequadamente. Várias atrações, principalmente na parte da África, estavam fechadas. Encontramos 2 brasileiras, a Viviane e a Graziela, passeando por lá e que estão pensando em fazer pós-doc por aqui. Demos boas risadas e esperamos que consigam seus objetivos. Final do dia, novamente um baita trânsito pra voltar a Toronto.

08/11/2014

Fomos conhecer a Casa Loma, um castelo eduardiano construído de 1911 a 1914, no topo de uma colina e com vistas da cidade abaixo, para ser o lar de Henry Pellat e familia. Sir Henry fez fortuna investindo em energia elétrica logo que Thomas Edson inventou o gerador de energia à vapor e também em ferrovias, mineração e seguro. Trezentos homens trabalharam na construção por 3 anos e a casa tem 17 mil m2 , 98 cômodos, elevador, um órgão de tubos, aspiração central e o que havia de mais moderno e luxuoso à época a um custo de 3,5 milhões de dólares canandenses. Infelizmente, a família morou ali por menos de 10 anos pois Sir Henry perdeu o seu monopólio de energia em favor do poder público, depois decidiu investir em terras. A economia sofreu uma grande depressão no pós-guerra e todas as suas ações perderam valor. Em 1923, Henry estava em desespero, o Banco da Casa que garantia a maioria dos seus empréstimos quebrou. Ele devia ao banco cerca de 1,7 milhões de dólares canadenses, um valor estimado de 20 milhões de dólares canadenses atuais. Para evitar sua falê ncia pessoal e a perda do título, ele fez um acordo com o banco, passando a este o controle de todos os seus negócios. O castelo foi mantido pois estava em nome de sua esposa, Mary. Mas, passou a ser um problema, pois só de imposto pagaria o equivalente a 150 mil dólares. Ele tentou vender o castelo, mas não havia compradores. Em 1925, virou um hotel de luxo, mas também não deu muito certo. Em 1933. A cidade de Toronto assumiu o controle em troca do pagamento de impostos, mas nenhuma das idéias sugeridas, vingou e o castelo foi se degradando, chegando-se a pensar em demoli-lo. Em 1937, o Clube Kiwanis arrendou-o por 1 dólar, com o compromisso de recuperá-lo e mantê-lo, o que vem sendo feito até hoje, como mostram os vários andaimes ao redor. Cada cômodo é mais exclusivo que o outro, a biblioteca tem milhares de livros, vários de jardinagem e tem um jardim de inverno, com um sistema de calefação ainda funcionando, com plantas tropicais como bromélias e orquideas do Brasil, atualmente mantido pelo clube de jardinagem de Toronto. No terceiro andar está o museu do regimento Queen’s Own Rifles, um exército voluntário do qual Sir Henry fez parte. E como hoje se celebra o Remembrance Day, em homenagem aos veteranos de guerra, fomos brindados com um concerto de músicas marciais.