Shipshewana, Indiana, USA

29/10/2014

Aproveitando que está no caminho, resolvemos passar por Shipshewana, no estado de Indiana, uma cidade de uns 700 habitantes, boa parte vivendo em pequenas fazendas e de cultura Amish. Ao nos aproximarmos da cidade, já observamos as charretes características trafegando pelo acostamento. Os Amish são um grupo de cristãos tradicionalistas próximos, mas diferentes dos Mennonitas, que têm vida simples, se vestem de maneira modesta e não usam tecnologias modernas. Têm uma “biblia” própria que rege até as atividades do dia-a-dia. Casam-se apenas com os de sua mesma fé, se recusam ao serviço militar e aquele que não segue estes princípios, são shunned, “excomungados” e proibidos de qualquer contato com a comunidade. São muito unidos e ajudam-se mutuamente. Mas está cada vez mais difícil manter todas estas restrições, principalmente com os mais jovens. Fomos ao Farmer’s Market, mas que já estava fechando e era mais um flea market. A comida Amish também é conhecida por ser bastante nutritiva e fomos provar. Parece mesmo comida de fazenda. Delícia, ainda mais neste frio.

30/10/2014

Como não comemoram Halloween, nosso hotel já está em clima de Natal, com a árvore sendo montada. A cidade tem alguns não Amish e alguns dissidentes, que seguem a fé, mas com concessões. Vimos várias pessoas trabalhando nos hotéis, restaurantes, principalmente mulheres com sua roupa característica e são sempre muito amáveis. Pegamos o carro e nos aventuramos pelas estradas de terra, para conhecermos um pouco mais do local. Vimos umas crianças brincando numa charrete, puxada por pônei. Vimos uma fazenda com criação de camelos???? Paramos numa queijaria e compramos queijos e numa loja de quilts, colchas de retalhos também características da região. Voltamos á cidade e fizemos um passeio de charrete com o Sr. Kenni, um amish dissidente, mas que mantém sua fé e muito dos costumes. Mas tem carro, usa eletricidade, celular. Fomos também conhecer a fazenda dele, onde o filho e a esposa e filhas, cuidam do rebanho e ordenha mecanizada de umas 100 vacas; e o leite já é pasteurizado lá mesmo. Ele nos explicou que a ordenha mecânica propicia um leite de melhor qualidade, é mais rápida e mais rentável. Ele foi banido da comunidade e a família veio com ele, e continuam seguindo os preceitos de sua fé, só que com algumas concessões á modernidade. Celebram seus ritos em casa mesmo e ás vezes com outros banidos também. Nos convidou para ficar e participar, mas ficaria meio tarde e amanhã temos que pegar a estrada. Assim, agradecemos e ele nos levou de volta á cidade, na charrete, e ainda fez um city tour. A charrete é bem confortável, tem amortecedores e a do Kenni, tem até pisca-alerta e luz interna. Gostamos bastante de conhecer um pouco mais da sua cultura.