Lake Louise, Alberta, Canada

06/10/2014

Tomamos nosso café da manhã, nos despedimos de nossos amigos Sergio e Fabiana (que consigam realizar seus sonhos!!! Suerte!!!) e voltamos pra estrada, com tempo chuvoso e frio, 8o C. Que fazer, se esta é a estação das chuvas? Rumando agora para leste, já começamos a avistar as poderosas Rochosas. Passamos no Visitor Center do Glacier NP e nos informamos sobre as trilhas, pegamos mapas, etc. E o sempre presente alerta de ursos: agora uma mãe e dois bebês foram vistos circulando por aqui. Resolvemos fazer uma trilha mais curta, pois ainda temos estrada pela frente, a Glacier Trail, que vai até a base do glaciar. A guarda-parque nos disse que uma ponte estava sendo reparada e que talvez tenhamos que pegar um desvio. O mapa é meio confuso e só por sorte o Fernando viu uma placa provisória que mostrava o desvio e fomos seguindo a trilha, que dava acesso a duas outras. Depois de andarmos por quase 2 horas, encontramos um casal de jovens, Tchecos, que também estavam em dúvida quanto á trilha, andamos um pouco mais e vimos a Glacier Trail, do outro lado do rio. Como tínhamos visão do glaciar por aqui e voltar não iria dar tempo, resolvemos seguir esta trilha mesmo, que, claro, era mais longa e mais difícil. Continuamos subindo, com uma neblina que ás vezes encobria tudo, mas deu pra ver umas cachoeiras legais e os glaciares ao fundo. A trilha é bem demarcada, mas tem umas partes de pedra, pelo leito do rio seco que é meio chata e requer muita atenção. Chegamos ao rio, onde havia uma ponte sendo construída, meio difícil de atravessar e teríamos ainda uma elevação de 1 km, o que renderia pelo menos 2 km de caminhada. O casal estava fazendo um lanche e resolvemos fazer o mesmo, e ficamos conversando. Como já passava das 3 hs, resolvemos desistir e voltar, e eles também. Em terra de urso, não é bom andar na mata á noite. A descida é sempre mais rápida e, quando chegamos lá embaixo, o pessoal do parque estava colocando placas novinhas, com as indicações mais precisas. Tarde demais para nós e o casal de Tchecos!!! Pena que não perguntamos seus nomes ….. Seguimos para Lake Louise, com alguns trechos de obras na estrada. Na nossa subida pro Alasca, passamos rapidamente por aqui e agora vamos aproveitar para conhecer um pouco mais. Deixamos nossas coisas no hotel e fomos caminhar no centrinho, na verdade uma praça, onde está o Centro de Visitantes (já fechado) e algumas lojas. De um lado o sol se pondo, com picos avermelhados e do outro, a lua cheia, brilhante, crescendo no céu. Quem sabe amanhã teremos sol …

07/10/2014

Neblina, mas pelo menos não está chovendo e a temperatura melhor, 13o C; passamos pelo Visitor Center, pegamos alguns mapas e escolhemos nossas trilhas de hoje, das inúmeras que existem no Yoho National Park. O parque até que é pequeno, comparado com outros, mas tem muitas opções. Pegamos a Yoho Valley Road, que segue acompanhando o rio e fomos até a Takakkaw Falls, uma cachoeira de mais de 250 m. Como estamos no outono, ela está menos volumosa, mas mesmo assim impressiona pela altura e pelas montanhas e picos nevados ao redor. Aproveitamos a parada para um lanche e fomos abordados por um casal, que tinha visto nosso carro ontem no Glacier NP e queriam saber sobre a nossa viagem. O sol apareceu, então fica tudo ainda mais bonito. Fomos para a trilha do Emerald Lake, passando antes pela Natural Bridge, uma ponte de pedra que o rio Kicking Horse foi escavando na rocha ao longo dos anos e que, muito provavelmente, no futuro irá desmoronar pela força das águas, que aumentam ainda mais no verão, devido ao degelo. O Emerald Lake tem um tom entre o verde e o azul, um pouco translúcido devido aos sedimentos que descem da montanha. Fizemos a trilha que o contorna, apreciando o reflexo do sol e das montanhas e picos ao redor.

08/10/2014

Fomos ao Chateau Lake Louise, o hotel chique daqui. Já tínhamos passado por aqui na ida, mas estava mais frio e chovendo. Por outro lado, como era verão haviam muitas flores no jardim, onde agora só existem arbustos meio secos. Como o dia estava ensolarado resolvemos fazer uma trilha mais longa, a Plain of Six Glacier, que vai contornando o Lake Louise, sempre subindo, com vistas dos seis glaciares, passando pelo meio da floresta de pinheiros, cachoeiras, áreas de pedras e beiras de precipícios, até chegarmos `a base do glaciar. Felizmente, nenhum tropeço pelo caminho. Sentamos um pouco nas pedras e ficamos admirando os lindos picos nevados. Na descida, maior cuidado pois as pedras soltas são traiçoeiras, como o Fê pôde constatar, hehehe. Pelo caminho, uma casa de chá no meio da trilha e aproveitamos para tomar uma sopa, para aquecer um pouco e seguir em frente. Resolvemos pegar uma bifurcação para outra trilha e seguimos subindo até a Beehive, uma montanha que parece uma caixa de abelhas e de onde se tem a visão do Lake Louise e Lake Agnes, lá embaixo. Como já era o meio da tarde ficamos na dúvida se voltávamos ou descíamos pelo Lake Agnes. Optamos por descer, para conhecer o lago, de águas esverdeadas, no fundo do vale, cercado pelas beehives. Aqui outra casa de chá, mas passamos direto. Continuamos descendo, passando pelo Muller Lake, quase seco, cercado de cottonwood. Vimos somente esquilos e um tipo de rato (orelhas redondas como o Mickey) e poucos pássaros. Saímos da trilha ás 7:20 hs, com o sol se pondo. Andamos umas 9 horas hoje. Quando estávamos indo para o estacionamento, ouvimos dois casais falando em português, brasileiros de São Paulo e Sta Catarina, amigos que viajam juntos, que estavam hospedados no Chateau, Carmen e Renato, Heloisa e Edgar. Ficamos conversando um bom tempo, a noite caiu e mal percebemos. Muito bom conhecê-los!!! No céu, uma linda lua cheia iluminando nosso caminho até nosso hotel. Cansados, mas felizes.