Kenai Peninsula, Alaska, EUA

19/08/2014

pegamos a estrada, passamos por fora de Anchorage e seguimos para Kenai Peninsula, mais ao sul. Esta região é chamada de playground do Alaska, com sua mistura de paisagens deslumbrantes, pesca de primeira classe e herança russa. É rodeada pelo golfo do Alaska e o Cook Inlet. A Seward Hwy segue pela margem norte do Turnagain Arm, cruzando o istmo que separa Kenai Peninsula do resto do sul do Alaska. A vista é maravilhosa, com as montanhas da cordilheira Chugach á direita e o braço de mar á esquerda. O Turnagain é um estuário (rio encontra o mar) e o nome foi dado por James Cook, famoso navegador destas paragens, quando descobriu que não tinha saída. Ao longo da estrada, muitos pontos de parada para apreciar a vista e, quem sabe, baleias beluga. Paramos algumas vezes, mas a maré estava baixa e não as vimos. Vimos alguns bodes nas encostas. Quem sabe na volta. Aproveitamos para ir até Seward, de onde partem a maioria dos passeios para avistar baleia. A cidade gira em torno do porto e é a porta de entrada do Kenai Fjords National Park, na Ressurection Bay. Originalmente, era a porta de entrada de suprimentos e de correspondencia no inicio do século 20, quando foi estabelecida a Iditarod Trail, entre Seward e Nome, com 938 milhas (quase 1500 Km). A Iditarod Trail Sled Dog Race é hoje uma competição nacional que ocorre em março, só que de Anchorage a Nome. São corredores solitários, com seus cães e trenós, correndo vários dias pelas regiões geladas. Caminhamos pela rua principal, contratamos nosso passeio de barco para amanhã, ficamos vendo o movimento, um pouco e voltamos pra estrada. Chegamos ao nosso motel, entre Soldotna e Kenai não tinha ninguém. Consegui o telefone com outro hóspede, liguei e a proprietária, Randy, estava no seu apartamento, ali mesmo. Na nossa porta tinha um bilhete com instruções, pois eles tinham ido pescar. Comemos algo do nosso suprimento e fomos dormir, pois amanhã temos que acordar cedo pra ver as baleias.

20/08/2014

acordamos bem cedo para voltarmos a Seward para o passeio ao Kenai Fjords National Park. Como recompensa, vimos o sol nascer por detrás das montanhas. Além de montanhas pela estrada, avistamos também muitos glaciares. Chegamos ao porto, dia frio e nublado, pegamos nosso barco para irmos aos fiordes e glaciares. Barco bem confortável, navegação tranquila apesar do tempo fechado e frio. Paisagens deslumbrantes, e logo no começo já vimos sea otter (acho que é a lontra), boiando de costas e comendo seu peixinho. Muito fofos. E toca navegar entre altas montanhas, icebergs e glaciares. Aqui, focas e lobos marinhos deitados nos blocos de gelo, tomando um sol. Paramos em frente ao glaciar e ficamos observando e ouvindo o “calving”, quando um pedaço se desprende e cai na água, com um estrondo. Voltando, vimos um esguicho ao longe: Baleia! Nosso capitão se aproximou e tivemos um show especial, com uma jubarte jovem saltando e dando piruetas próximo ao barco. Ficamos curtindo até que ela foi embora. Vimos mais algumas, mas esta foi especial. Chegamos de volta ao porto no final do dia. Ainda demos uma passada no Exit Glacier e, voltando, vimos agora um alce, com chifre quebrado. Será que andou brigando???

21/08/2014

nosso destino hoje é Homer, bem ao sul, seguindo pela Sterling Hwy. Novamente, tempo nublado, com bastante neblina. Paramos em Ninilchik, mais uma cidadezinha de herança russa, para visitarmos a Holy Transfiguration of Our Lord, uma igrejinha russa ortodoxa onde há também um pequeno cemitério. A igreja estava fechada, mas passeamos por ali, num clima meio de filme de terror, com toda a neblina, dia cinzento e o cemitério. Estávamos saindo quando encontramos a Wendy e Russ, da Califórnia, que estavam visitando o amigo Mark, que mora por aqui. Ficamos conversando um pouco e demos muito boas risadas. Legal tê-los conhecido. Seguimos para Homer (eles também estavam indo para lá), na Kachemak Bay (em russo: altos rochedos na água), e seguimos pela Spit, uma estrada de 4,3 milhas, estreita e ladeada de bares, lojas , restaurantes, até a praia, e que é o centro de atividade de Homer . Aproveitamos pra almoçar, peixe, claro, pois estamos na “Capital Mundial de Pesca ao Linguado”. Tem até uma indústria de processamento de peixes. Eles penduram os maiores peixes e pode-se tirar uma foto como se estivesse segurando o bicho. Em 1964, houve um terremoto e a Spit afundou mais ou menos um metro e alguns prédios tiveram que ser movidos pra outros lugares. Aqui é a casa de alguns navios da guarda costeira. Com uma população de 5000 habitantes, tem 8 escolas!!! Não é fantástico? Depois de passearmos um pouco pela Spit, pegamos o carro e nos embrenhamos por uma estrada de terra (a Cherry não resiste!!!), a East End Road, uma estrada parcialmente pavimentada, com vistas maravilhosas da Kachemak Bay, e, que nas últimas milhas é de rípio, e bastante sinuosa e íngreme e fomos seguindo, subindo descendo até chegarmos num trecho próximo á praia, onde tivemos que usar a reduzida para descer, passando á beira de penhascos. Finalmente, chegamos á praia de pedras, na maré baixa e pudemos rodar um pouco com a Cherry por lá. Daí á pouco, passaram umas crianças num quadriciclo, mais uma moça numa caminhonete …. Esta área faz parte de uma comunidade russa que vive ali perto e acho que estávamos meio que invadindo a área. Engatamos novamente a reduzida e subimos o morro, agora ainda mais atentos pelo risco da presença de crianças. E felizes da vida por termos achado este lugar e pelo desempenho da Cherry. Seguindo de volta á Kenai, pegamos a Kalifornsky Road, que vai margeando a costa e vimos mais moose. Paramos no Wildlife Viewpoint, para tentar vermos belugas. Aí encontramos a Raquel e o Gary, do País Basco, que estão viajando num motorhome e que entendem bastante de aves e fotos. Ficamos conversando e tentando fotografar uma águia, mas nada de belugas pois a maré estava baixa. Vimos muitos patos, gansos, garças e, quando íamos embora, avistamos uma águia real: preta com penas brancas no peito. De volta ao nosso motel, passamos por Kenai, mais algumas fotos e cama!