Deadhorse, Alasca – EUA

10/08/2014

Dia lindo de sol, sem nuvens e rumando para nossa última cidade: Deadhorse/Prudhoe Bay. Daqui começaremos a voltar, nos aproximando cada vez mais de casa. Não sem antes fazermos uns zigzags, hehehe. A estrada segue acompanhando o pipeline, áreas de pradaria com tundra e as Brooks. Passamos pelo Atigun Pass, o ponto mais alto do Alasca. Pouco antes daqui, havia uma árvore solitária, a última ao norte, um tipo de pinheiro, que foi morta por vândalos em 2013. Dá pra acreditar???? Plantaram outras 3, que agora estão crescendo. Muitos caçadores ao longo da estrada, com suas picapes e barracas. Dava pra ver em alguns lugares, muitos chifres de caribu. Nesse trecho a caça só pode ser com arco e flecha ou besta. Vimos dois caçadores, com roupa de camuflagem, no meio do mato, espreitando um grupo de 3 caribus. Não ficamos pra ver o desfecho. Mas torcemos pra que os caribus escapem. É difícil entender a caça como um esporte. Podemos até aceitar caçar pra comer, pois por aqui, ás vezes, a caça é a única carne disponível. Mas, caçar pra ter um troféu é dificil de engolir!!! Vimos ainda vários grupos de caribus ao longo do caminho. Deadhorse é um aglomerado de indústrias, que vivem em função da extração do petróleo. Não há uma cidade de verdade. Seguimos a estrada até o final, que dá no portão da British Petroleum, onde não se pode entrar. Não há um acesso ao oceano Ártico, a não ser com um ônibus de excursão, que deve ser reservado com antecedencia. Demos meia volta e fomos procurar nosso hotel, Deadhorse Camp e, adivinhem: outro canteiro de obra. Só que este, mais típico ainda: 2 camas de solteiro, sem banheiro; banheiro e chuveiro coletivos (pelo menos há um separado para meninas) e a maioria dos hóspedes é de trabalhadores do polo petroquímico. Fomos atendidos pelo Sam que nos mostrou as instalações do hotel e o restaurante. Aqui segue-se o costume oriental: tirar os sapatos antes de entrar em casa (vendo-se o estado das botas deixadas no local, dá pra entender). Resolvemos jantar e a comida, buffet, estava muita boa. Alguns turistas, trabalhadores e caminhoneiros. Tomar banho (bom chuveiro) e dormir. Hoje atingimos nosso ponto mais ao norte desta viagem. Acima disso, só de avião.
A cidade não tem nada de especial. Especial é a estrada e paisagens para se chegar aqui. E ter chegado. Dá uma ótima sensação de meta cumprida! Amanhã iniciamos a volta. Mas, temos muito para rodar e ver ainda. Acho que a volta será mais longa que a vinda, hehehe.