Dawson Creek, British Columbia – Canadá

30/07/2014

Na estrada, rumo a Dawson Creek, a porta de entrada para a Alaska Highway. Sim, estamos quase lá, exatos 6 meses depois. O balanço que fazemos é pra lá de positivo!!! Conhecemos lugares e pessoas maravilhosas, Cherry se comportando muito bem, apenas um pneu furado (que continua firme após o conserto pelo Fernando). Os contratempos foram mínimos, relacionados á burocracia das fronteiras, mas que quase já esquecemos, hehehe. O apoio e incentivo de familiares e amigos nos dão ainda maior força pra seguir em frente. Somos muito gratos á vida e a todos, por tudo que estamos vivenciando. A estrada continua pelas pradarias e campos, com as montanhas ao fundo. Aqui já não vemos tanta gente. Paramos para uma olhada no McLeod Lake, bem tranquilo, e com umas ninféias amarelas, lindas. Seguimos em frente e paramos no Whiskers Point, onde tem uma cachoeira e área para piqenique. Aproveitmos pra fazer um lanche e logo apareceram os pássros: agora o blue jay, preto com asas azuis. Lindo! Também conhecemos um casal, Doris e Ross, que estavam voltando do Alaska e nos deram mais algumas dicas, inclusive de uma revista chamada The Milepost, que tem tudo, de atrações a postos de combustíveis, ao longo da Alaska Highway. Assim que chegamos a Dawson Creek, paramos no centro de visitantes e lá tinha a revista, que, claro, compramos, e também pegamos mais mapas, panfletos, etc. O centro de visitantes está onde era a sede da antiga ferrovia e tem um museu e uma galeria de arte junto a um antigo elevador de grãos. A Northern Alberta Railway chegou a Dawson Creek em 1931, o que fez do local um importante entreposto para suprimentos e equipamentos durante a construção da Alaska Highway, em 1942. Quando o Japão atacou Pearl Harbor e invadiu as ilhas Aleutas, ameaçando o Alasca, os EUA precisaram reforçar as defesas do estado. Para isso, foi projetado um caminho por terra, pelo norte canadense, que teve inicio em 9 de março de 1942 e terminou em 25 de outubro do mesmo ano (menos de 9 meses!!!!). Foram necessários 27 mil homens, civis e militares, com uma média de 13 km/dia, enfrentando o pântano, lama e mosquito, para a construção dos 2452 km originais. Além disso, foi construído um sistema de telefonia ao longo da estrada, o Cantel, com uns 5 mil km de linha de Dungevan, Canadá até Fairbanks, Alasca, , com estações de repetição que funcionavam 24hs/dia para mandar as mensagens de 1600 telefones e telégrafos do exército americano. Segundo um dos que estiveram presentes, “This was no #@&* picnic”. The Cantel system foi o precursor dos sistemas de comunicações atuais. Além de ser um ponto de convergencia de 4 estradas, Dawson Creek tem uma área rural importante, com campos de canola, cobertos de flores amarelas, além de forragem, batata e vegetais. Fomos dar uma volta no centrinho, onde está o marco Zero da Alaska Highway e paramos num bar para um happy hour no Browns Social House, que estava cheio. Ambiente legal, boa comida.

31/07/2014

Fomos até a House of Alaska Highway, que tem alguns artefatos da época da construção da estrada, fotos e até um jeep. Mas legal mesmo é o filme que mostra fotos e filmagens de então, contando a história, dificuldades e bravura destes homens, que durante quase oito meses, trabalharam de sol a sol, com neve, frio, mosquitos, lama, isolamento, dificuldades de todo tipo, para concluir a estrada que era vital para a defesa do território americano e canadense. E os destacamentos de afro-americanos, ainda tinham de lutar com mais um fator negativo: o preconceito. Mas, conseguiram!!! Fomos também até a vila dos pioneiros, construções da época que são mantidas pelo Rotary e outras associações da cidade, preservando a memória da cidade. E amanhã estaremos passando por essa estrada fantástica!!!