Jasper, Alberta – Canadá

25/07/2014

Sabe aquele pneu, que furou, pagamos pra consertar? Então, estava murcho novamente. Parece que não funcionou muito bem. Tentamos ir ao borracheiro, mas um nos disse que estava com um serviço grande e não poderia nos atender e o outro disse que demoraria algumas horas. Como temos um kit de reparo, o Fernando resolveu usar. A dificuldade era só localizar o furo … Mas, como somos curiosos, observamos como o borracheiro anterior tinha feito: pegou uma garrafa com água e detergente e foi borrifando o pneu. Eu fiquei ao volante, fazendo o carro andar bem devagar e o Fernando foi borrifando. Em dois minutos achamos o furo (que era o mesmo de antes) e usando o kit de reparo, em menos de dez minutos tínhamos consertado o pneu, sem sequer tirá-lo do lugar. Ponto pro maridão! E ainda economizamos uns 30 dólares, hehehe. Este kit se compra em qualquer lugar que venda peças pra carro e é barato. Vamos ver se não murcha mais. De volta á estrada, em direção á Jasper e seu parque, que é a continuação do Banff NP. No caminho, o vilarejo de Lake Louise, e águas azuis criadas a partir do degelo das montanhas a seu redor. Com mais de 2,5km de extensão e 90 metros de profundidade, é um cenário idílico, onde predomina o Chateau Fairmont, um big e classudo hotel, no alto da montanha, que tem vários bares e lojas e ponto de parada de vários ônibus turísticos. Entramos pensando em tomar um café pra esquentar, mas tinha tanta fila, que desistimos.E ainda conta com uns jardins super bem cuidados. E o verão continua com uns 12 graus, hehehe. Seguindo a estrada, agora a Icefields Parkway, que vai de Lake Louise até Jasper, uma estrada que foi construída para gerar empregos durante a Grande Depressão e com o objetivo de ser um trajeto panorâmico, tendo vários pontos de parada e mirantes e segue o traçado da rota dos primeiros caçadores de peles. E, claro, tem esse nome porque passa por vários glaciares. Após uns 40 km de vegetação de campos elevados, cheios de lagos, chega-se á primeira geleira, Crowfoot, com 3 fluxos de gelo que lembram as patas de um corvo. Depois, indo para norte, entra-se nos icefields mesmo, com diversas geleiras. Paramos e fomos até a Athabasca. O passeio pode ser feito com um “snowcoach”, uns ônibus com pneus enormes para circular no gelo ou á pé. Depois de ficar um tempão no carro, claro que fomos á pé. Acho que uns 2 km, subindo no gelo, com muito cuidado pra não levar um belo tombo, tirando muitas fotos e aproveitando pra tomar uma água gelada de milhões de anos, hehehe. Após uma hora, chegamos ao topo, que na verdade é onde está o corpo do glaciar que vai até o topo da montanha. Aí não se pode ir devido ao risco. Ficamos um pouco por lá e iniciamos nossa descida, ouvindo o estrondo dos blocos de gelo se partindo ao longe. Quase na saída do campo de gelo, no último passo, o Fernando escorregou e foi pro chão. Mas, kyokushin que é, se levantou rapidamente, sem maiores danos, hehehe. Continuando na Icefields Pky mais montanhas, lagos, rios, floresta. Em alguns pontos dá pra perceber as camadas da rocha e a inclinação com que subiram das profundezas da terra há milhões de anos, Emocionante!!! Finalmente chegamos em Jasper, menor que Banff e mais tranquila (sabe Campos do Jordão e Monte Verde?). Como não tinhamos conseguido reservar hotel, fomos procurar e paramos no terceiro. Como é alta temporada, o preço estava meio salgado, mas, paciência …. Ficamos no Filia Inn, bem central, quarto ótimo, com vista das Rochosas, e que tem um restaurante bem legal e bastante concorrido, onde fizemos nosso almojanta. Além disso, tem uma ótima padaria ao lado.

26/07/2014

Passamos na padaria ao lado, pegamos a fila e compramos nosso café da manhã. Pegamos a estrada para andar pelo parque e logo de cara, lá estava ele, um urso negro, calmamente comendo raízes ou frutinhas e, em seguida atravessando a estrada . Mais que felizes, seguimos para as cachoeiras Sunwapta e Athabasca, onde fizemos uma caminhada acompanhando canion do rio. Pra variar, pegamos uma estradinha de terra que levava á beira do rio e para nossa alegria, demos de cara com outro urso negro, calmamente comendo raízes. Agora sim, conseguimos boas fotos. Também passamos lago Peyto, com suas águas ainda mais azuis devido ás particulas trazidas pela água de degelo. De volta a Jasper, comer uma pizza. Eeeba!

27/07/2014

Pegamos a Maligne Lake Road, seguindo o rio de mesmo nome e até chegar ao lago. O nome “Maligne” foi dado por um padre francês, nos idos de 1850, devido á turbulencia do rio e a dificuldade em cruzá-lo. Mas já era conhecido pelos povos das Primeiras Nações. Dois fatos interessantes aqui: o rio, durante a primavera, enche várias cavernas subterrâneas, o que intrigava as pessoas, pois um grande volume de água “sumia” do lago Medicine, até que as cavernas foram descobertas (apenas algumas, mas supõe-se existir muitas mais); o outro fato é que as trutas que existem no lago foram trazidas em barris, por um cara chamado Curly Phillips e depois, também pelo staff do parque. Logo que paramos, vimos um aglomerado de gente e, claro, pegamos nossas máquinas fotográficas (aqui, muita gente=animais) e fomos pra lá. Não deu outra: uma mamãe ursa marron com seu lindo filhote, calmamente comendo por ali. Muito lindos!! Ficamos um bom tempo observando-os e eles nem aí pro povo. Mas sempre mantendo a distância pois são animais selvagens e se sentirem-se acuados, atacam. Algumas pessoas carregam um spray anti-urso; quero ver conseguir usar na hora do sufoco, hehehe. Animados, fomos fazer a trilha do Maligne Canyon, margeando o rio Maligne e em alguns trechos, dava pra ver a água saindo da parede, provavelmente das tais cavernas subterraneas. Em outros, mais afastados, pelo meio da floresta, onde só se ouve o vento nas folhas. Passa-se por várias pontes, cruzando-se o rio. A quinta ponte estava interditada devido a uma enchente que a arrastou há uns dois anos atrás. Em todos os parques, por mais remotos que sejam, tem sempre uma infraestrutura mínima, com placas explicativas, área para piquenique e banheiros. Ótimo dia!!!