Cidade do México – México

03/06/2014

Chuva forte a noite toda, com raios e trovões ribombando no mar. Mas, se o hotel resistiu por 80 anos, não vai ser agora que vai furar. Novamente, estrada, em direção á Cidade do México. Estrada excelente, muitos pedágios e, apesar de nossos temores, chegamos tranquilamente ao nosso hotel. A Cidade do México, a 2250 MSNM, foi fundada pelos Astecas e corresponde à antiga Tenochtitlán, que acabou por ser completamente destruída pelos colonos espanhóis em 1524, tendo sido reconstruída nas décadas seguintes seguindo os padrões de colonização implementados pelo Império Espanhol e exerceu, desde os tempos coloniais, uma notável influência intelectual em toda a América espanhola. Nessa época, com mais de 250 mil habitantes, a cidade já figurava entre as maiores do mundo, tendo sido o centro do Império Asteca ou Mexica. A ilha estava ligada por três calçadas á terra firme e era protegida por um sistema de diques. As calçadas Iztapalapa, por onde entraram os espanhóis, Tlacopan, por onde Hernán Cortés fugiu, e Guadalupe, eram atravessadas por canais e decoradas por jardins flutuantes. A povoação possuía estradas estreitas e sinuosas, interceptadas por canais labirínticos, palácios e templos. A disposição dos bairros residenciais refletia a estratificação social. O centro era “Teocalli”, templo dedicado aos deuses guerreiro e da chuva. Com a colonização espanhola, as casas típicas desapareceram, secaram as ruas e na velha Praça de Teocalli construiu-se a Praça Maior. Foi o conquistador Cortés que, a mando da Espanha, construiu a cidade sobre as ruínas da antiga cidade. Era daqui que partiam todas as incursões espanholas efetuadas no país e, em 1750, a cidade tornou-se a capital do vice-reinado. Ainda no século XVI, a cidade, já quase totalmente reconstruída, recebeu o nome que a acompanha até os dias atuais, Ciudad de México. Durante os dois séculos seguintes, a cidade se estabeleceu como um importante núcleo político-administrativo do Império espanhol, servindo como principal centro financeiro e urbano das colônias da Espanha nas Américas; já no século XVIII, figurava como a maior cidade da colônia mexicana (atual república mexicana) desde então. Depois de concretizada a independência mexicana em relação à Espanha por volta de 1822 (mesmo ano do Brasil), a cidade foi adotada como capital da República Mexicana. A ocupação espanhola durou três séculos, até que Miguel Hidalgo, um padre da povoação de Dolores, proclamou o famoso “grito de Dolores”, iniciando a sua independência. Esta foi conquistada três anos depois. Após a proclamação da independência, a 27 de setembro de 1821, os conflitos que se travaram até final do século XIX dificultaram o desenvolvimento da cidade. Mas, após a revolução, o seu crescimento populacional aumentou. A partir de 1920 desenvolveram-se novos planos de urbanização, até que em 1985 um devastador terremoto causou uma enorme destruição e um elevado número de mortos e de desalojados. A Cidade do México, com 8 864 370 habitantes (2012), é a cidade mais populosa do México e da América do Norte. Ocupa uma décima parte do Vale do México no centro-sul do país, em um território que se formou da bacia hidrográfica do lago de Texcoco. Em seu crescimento demográfico nos últimos dois séculos, a Cidade do México foi incorporando vários povoados vizinhos. A sua referida região metropolitana, conhecida como “Grande Cidade do México”, reúne mais de 40 cidades além da própria capital mexicana, abriga mais de 20 milhões de habitantes (dados de 2010), ou cerca de 1/5 da população mexicana, o que faz dela, independente de como se define, a maior aglomeração urbana do continente americano, e a terceira mais populosa do mundo, ficando atrás somente das regiões metropolitanas de Tóquio, no Japão, e de Seul, na Coreia do Sul. A cidade é o principal e mais desenvolvido centro urbano, econômico, cultural e político do país, tendo sido considerada por organizações internacionais uma “cidade global alfa” , o mais alto nível para se classificar uma cidade de influência mundial. Apenas a Cidade do México responde por 21% do PIB total do país e sua área metropolitana, por mais de 34%7 A área metropolitana da Cidade do México ocupa o 8º lugar das cidades mais ricas do mundo ao possuir um PIB de 315000 milhões de dólares que deve se duplicar até 2020, colocando-a em sétimo lugar e em 4º lugar no continente. Acostumados com o trânsito de São Paulo, estávamos preocupados com a chegada na Cidade do México, que também tem rodízio de carros. Mas, diferente de SP, tem vários anéis viários que a contornam e que desafoga bastante o tráfego. Seguindo o GPS, rápido e sem sustos, estávamos em nosso hotel. Ficamos perto do Paseo de La Reforma, uma avenida inspirada nos Champs Elysées, em Paris, mandada construir pelo imperador Maximiliano I, que era primo e contemporâneo de Pedro II, e que foi nomeado imperador do México, apoiado por conservadores locais e as tropas de Napoleão III, de 1864 a 67, quando foi deposto pelas tropas de Benito Juarez e executado junto com seus generais. Mala suerte!!! Á medida que a cidade foi crescendo, os canais que a rodeavam foram sendo aterrados e novas construções adicionadas. Devido a isso, hoje a cidade está afundando (como Veneza) e pode-se ver alguns edificios bem inclinados. O Paseo de La Reforma corta a cidade de norte a sul e é muito agradável caminhar por ele e foi o que fizemos hoje. Tem um canteiro central, com muitas árvores e várias esculturas. Aproveitamos para fazer contato com o pessoal da Chrysler daqui (ajudados pela Chrysler do Brasil), pois está na hora de nova revisão da Cherry.

04/06/2014

Logo cedo o pessoal da Chrysler Mexicana nos ligou e veio o Sr Ruben, da concessionaria San Rafael, e Fernando foi com ele levar a Cherry, já deixando-a lá para revisão. Novamente fomos caminhando pelo Paseo de La Reforma até o Museo de Antropologia que tem a maior coleção de obras do período pré-colombiano. O prédio é bem moderno, enorme, á direita do bosque de Chapultepec. Passamos a tarde toda por lá e mesmo assim, não vimos tudo. Em seguida fomos ao bosque, que na verdade é um parque, com lagos, zoológico e onde está o castelo de Chapultepec, que foi construído pelo vice-rei Bernardo de Gálvez y Madrid sobre o cerro de Chapulín (Chapultepec é uma palavra de origem nahuatl; “Chapulli” significa gafanhoto e “tepe”(tl) significa colina, pelo que “Chapultepetl” quer dizer “colina do gafanhoto” ou “colina do chapulín”. Era usado como como casa de verão para o vice-rei e ao longo do tempo foram-lhe dados diversos usos, desde armazém de pólvora até academia militar, em 1841. Durante a Guerra Mexicano-Americana (1846-1848), o exército norte-americano bombardeou o palácio entre os dias 12 e 13 de Setembro de 1847, tendo içado nas suas muralhas a bandeira dos Estados Unidos da América. Nesse mesmo dia, 13 de Setembro, seis heróicos cadetes militares, de idades entre os 14 e os 20 anos, lutaram até à morte defendendo o palácio contra os invasores do Exército dos Estados Unidos da América, durante a Batalha de Chapultepec; um deles, Juan Escutia, embrulhou-se na bandeira mexicana e saltou para morte, para evitar sua captura. Hoje são recordados como os “Niños Héroes” ou os “Cadetes Heróicos”, e homenageados em mármore branco no monumento à entrada do Bosque de Chapultepec. Tanto o nome colectivo de “Niños Héroes” como os nomes individuais dos cadetes são usados para dar nome a ruas, praças e escolas de todo o país. A partir de 1858 o palácio funcionou como residência oficial dos governadores do México. O edifício foi conquistado pelas tropas francesas em 1863, sob o comando do arquiduque Maximiliano. Nesta fase, o palácio começou a adquirir uma imagem moderna, com a chegada do Maximiliano de Habsburgo, que apoiado pelas tropas franceses e por conservadores mexicanos, foi coroado Maximiliano I do México, e da sua esposa, a Imperatriz Carlota, em 1864, que decidiram estabelecer ali a sua residência oficial. O palácio foi objecto de várias alterações estruturais e remodelações em 1882, durante o mandato do Presidente Porfirio Díaz, já que este decidiu convertê-lo novamente em residência oficial. Alguns outros presidentes que fizeram uso do palácio como residência oficial foram Francisco I. Madero, Venustiano Carranza, Álvaro Obregón, Plutarco Elías Calles, Emilio Portes Gil, Pascual Ortiz Rubio e Abelardo Luján Rodríguez. O palácio continuou a ser usado como residência oficial até 3 de Fevereiro de 1939, quando o então Presidente Lázaro Cárdenas decretou uma lei, datada de 31 de Dezembro de 1938, que estabeleceu o Castelo de Chapultepec como sede do Museu de História Nacional do México, com as colecções do antigo Museu Nacional de Arqueologia, História e Etnografía. Foi, então, declarado Monumento Histórico. Como chegamos lá perto das 5 horas, não pudemos subir pois fecha ás 4 horas. Quem sabe amanhã.

05/06/2014

Logo cedo fomos buscar a Cherry na San Rafael. Fomos super bem atendidos por toda a equipe principalmente a sra Maria (minha amiga “despeinada”), Sra Elide e Sr Ruben. Foram muito atenciosos e amáveis e nossa unidade móvel está com tudo em dia. Nossos sinceros agradecimentos a toda á equipe e á Chrysler, pelo apoio. São momentos assim que tornam esta viagem ainda mais especial. Que La Virgen de Guadalupe los bendiga a todos!!!!Gracias!!! Saindo de lá, fomos á Teotihuacán, um complexo de pirâmides impressionante que fica a uns 40 km da Cidade do México. hoje é conhecida como o local de muitas das pirâmides mesoamericanas mais arquitetonicamente significativas construídas na América pré-colombiana. Além dos edifícios piramidais, Teotihuacan também é antropologicamente significativa por seus complexos residenciais multi-familiares, pela Avenida dos Mortos e por seus vibrantes murais que foram excepcionalmente bem preservados. Além disso, Teotihuacan exportou um chamado estilo de cerâmica e ferramentas de obsidiana finas que conquistaram grande prestígio e utilização generalizada em toda a Mesoamérica. Acredita-se que cidade tenha sido estabelecida em torno de 100 a.C., sendo que os principais monumentos foram construídos continuamente até cerca de 250 d.C. A cidade pode ter durado até algum momento entre os séculos VII e VIII, mas seus principais monumentos foram saqueados e sistematicamente queimados por volta de 550 d.C. No seu apogeu, talvez na primeira metade do primeiro milênio d.C., a cidade de Teotihuacan foi a maior cidade da América pré-colombiana, com uma população de mais de 125 mil pessoas, tornando-se, no mínimo, a sexta maior cidade do mundo naquela época. Teotihuacan começou como um novo centro religioso nas terras altas mexicanas em torno do primeiro século d.C. A civilização e cultura associadas ao sítio arqueológico da cidade também são referidas como Teotihuacan ou teotihuacana. Apesar de ser um tema em debate se Teotihuacan era o centro de um império ou Estado, a sua influência em toda a Mesoamérica é bastante documentada; a evidência da presença teotihuacana pode ser vista em vários locais, em Veracruz e na região maia. Os astecas podem ter sido influenciados por esta cidade. A etnia dos habitantes de Teotihuacan é também um tema em debate. Possíveis candidatos são os grupos étnicos náuatles, otomis, maias ou totonacas. Os estudiosos também sugeriram que Teotihuacan era um Estado multiétnico. O local abrange uma área total de 83 quilômetros quadrados e foi designado como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1987. As ruínas da cidade são o sítio arqueológico mais visitado do México. Reza a lenda que antes que existisse dia, os deuses reuniram-se em Teotihuacan e disseram, “Quem iluminará o mundo?”. Um deus rico (Tecciztecatl) disse “Eu me encarregarei de iluminar o mundo”. “Quem será o outro?”, e como ninguém respondia, nomearam um outro deus pobre e sarnento (Nanahuatzin). Depois da nomeação, os dois começaram a fazer penitência e a rezar. O deus rico ofereceu penas valiosas de uma ave chamada quetzal, pepitas de ouro, pedras preciosas, coral e incenso de copal. O deus sarnento por seu lado, oferecia canas verdes, bolas de feno, espinhos de maguei cobertos com o seu sangue e no lugar de incenso oferecia as crostas das suas pústulas. À meia-noite terminou a penitência e começaram os rituais. Os deuses ofereceram ao deus rico bela plumagem e um casaco de linho enquanto que ao deus pobre era oferecida uma estola de papel. Depois, junto ao fogo, ordenaram ao deus rico que se atirara a ele. Este teve medo e recuou. Voltou a tentar e mais uma vez recuou, por quatro vezes. Chegou então a vez de Nanahuatzin, que fechou os olhos e se atirou ao fogo sendo consumido por este. Quando o deus rico viu isto, ficou com vergonha de sua covardia, e imitou-o. Em seguida entrou no fogo uma águia, que também se queimou (e é por isso que as águias têm as penas foscas, de cor escura); em seguida entrou um jaguar que se chamuscou e ficou manchado de branco e negro. Então os deuses sentaram-se à espera para ver de onde sairia Nanahuatzin; olhando para oriente viram aparecer o sol com uma cor forte; radiava luz em todas as direcções e não conseguiam olhar directamente para ele. Voltaram a olhar para oriente e viram aparecer a Lua. Ao princípio os dois deuses resplandeciam com igual intensidade, mas um dos deuses presentes atirou um coelho à cara do deus rico e desta maneira diminuiu o seu brilho. Todos ficaram quietos; depois decidiram morrer para assim dar a vida ao Sol e à Lua. Foi o Vento que os matou e que em seguida começou a soprar, fazendo deslocar primeiro o Sol e mais tarde a Lua. Por tudo isto é que o Sol nasce durante o dia e a Lua mais tarde, durante a noite. Os principais edificios são a pirâmide do Sol com seus quase 250 degraus até o topo, a pirâmide da Lua, o Palácio de Quetzalpapálotl, o mural dos Jaguares e o templo de Quetzalcóatl ou da serpente emplumada, com seus murais coloridos. A rua que corta todo o complexo tem uns 3 km e foi chamada de calçada dos Mortos, pois se achava que as pirâmides eram tumbas o que se mostrou incorreto. Na verdade eram altares onde eram oferecidos sacrifícios humanos. Toda a cidade deve ter sido magnifica quando em seu apogeu, com todos os edificios pintados e decorados, com seu lagos e canais. Passamos o dia todo caminhando por lá e sentindo a energia poderosa do lugar. Á saída, ainda passamos no museo que exibe algumas das peças retiradas do local. Muito legal.

06/06/2014

Hoje fomos ao centro histórico, com sua praça central ou Zócalo, onde está a Catedral Metropolitana da Cidade do México (ao norte) – que mistura vários estilos arquitetônicos (barroco, churriguersque e neo-clasico) e tem um altar todo em ouro e bastante elaborado na Capela das Relíquias; devido ao seu peso enorme, desde o inicio de sua cosntrução no século XVII, a catedral vem afundando o que se acentuou depois do terremoto de 1985; um grande projeto de estabilização foi concluído em 2000, assegurando que ela não disabe, mas pode-se perceber as colunas e o piso inclinados; o Palácio Nacional do México (ao leste), sede do Poder Executivo Federal, tem sido ocupado pelos governantes no México desde o Império Asteca e grande parte dos materiais de construção do actual palácio pertenceram ao original, onde viveu Montezuma II; entre 1929 e 1951, o muralista Diego Rivera realizou cinco murais no segundo andar, no pátio central e no espaço da escadaria principal, os quais foram restaurados durante o ano 2009, para os festejos do Bicentenário da Independência; e o edifício do Governo do Distrito Federal (ao sul), sede do Poder Executivo Municipal, bem como museus e outros prédios hirtóricos. Passear por lá é dar um salto ao passado. Ainda próximo ao centro está o Palácio de Bellas Artes, com exterior Art Nouveau e interior Art Deco. Há um mural de Diego Rivera, onde ele se vingou de John D Rockefeller (que mandou destruir um seu mural semelhante que havia no Rockefeller Center, em Nova Iorque, por questões ideológicas), aqui chamado de “Homem, o Controlador do Universo”, onde ele coloca o Rockefeller entre os ricos decadentes em um “nightclub”, com os germes da doença venérea sobre eles, hehehe. Também demos uma passada pelo bairro La Condessa (como a Vila Madalena, em SP) e Polanco (como os Jardins), com seus inúmeros bares, mansões e ruas arborizadas. Por último, fomos a Coyoacán, que foi o local onde Cortés mantinha sua amante índigena, La Malinche, e também onde nasceu Frida Kahlo, considerada uma das maiores pintoras mexicanas, e onde viveu com Diego Rivera e hoje é o museu Frida Kahlo ou Casa Azul. A vida dela daria uma novela: teve poliomielite na infancia (o que a deixou coxa), atropelada aos 18 anos (o que a impediu de engravidar e com dores todo o tempo), casada com Diego Rivera ( que era um mulherengo convicto), ele a traiu e teve 6 filhos!!! com sua irmã. Mas ela também tinha seus casos (com mulheres e homens), tendo se casado com Trotsky, que era grande amigo de Rivera e, tendo depois, voltado com Rivera. Pessoal bem liberal. Quando chegamos, final de tarde,o museu já estava fechado. Aproveitamos para comer algo num dos vários bares da praça de Coyoacán, com garçons bem simpáticos e nos perguntando sobre a Copa. Estão animados, mas também sabem dos problemas e manifestações.

07/06/2014

Hoje vamos a Xochimilco, a Veneza mexicana. Conhecida como “o campo das flores” em Nahuatl, a língua asteca, era conectada a Teotihuacán na era pré-colombiana. Hoje é a única parte do México que ainda tem canais e jardins flutuantes ou chinampas, construídos pelos astecas. Tem vários embarcaderos onde se pode alugar um barco para fazer passeio pelos canais. Escolhemos o Nativitas, mais afastado e com estacionamento. Como era cedo e dia de semana, não tinha muita gente. Assim, alugamos um barco só pra nós. O legal é dividir com mais gente, pois cabe até 16 pessoas. Ás vezes, famílias inteiras alugam, até mais de um, levam comida e fazem piquenique pelo trajeto. Mas, também se pode comprar comida e bebida dos barcos que passam ao lado, todo o tempo. Bem como ouvir mariachis cantando, e tocadores de marimba. É tudo muito colorido e divertido. E, ao lado dos canais, os chinampas, com sua variedade de flores colorem ainda mais o ambiente. Nosso barqueiro, o Cesar, manobra com maestria o “remo”, que é bem pesado. Eu mal consegui segurá-lo quanto mais empurrar o barco! Dizem que aos domingos e na alta temporada, tem engarrafamento de barcos. No total, são uns 2000 barcos navegando pelos canais. Na volta, resolvemos passar pelo Santuário da Virgen de Guadalupe, que é a padroeira do México. Como a Nossa Senhora Aparecida, ela tem a pele escura, tendo aparecido para o índio Juan Diego em 1531. Na verdade, há um complexo, onde estão a Capilla del Pocito, onde a Virgen apareceu pela quarta vez; a Capilla de Indios, onde Juan Diego viveu após a aparição da Virgen; a basílica antiga, construida em 1700 e que foi abalda pelo terremoto de 1985; e, finalmente, a basílica moderna, circular, com capacidade para 10.000 pessoas. Como em todo o México, o culto á Virgen de Guadalupe vem mesclado com o culto á Tonantzin, uma deusa mãe da era meso-americana. Frequentemente vemos os santos com vestes típicas locais. De volta ao hotel, deixamos a Cherry e fomos a um bistrô próximo, onde comemos uma ótima pizza (ou duas). Só que despencou a maior chuva, que não parava e resolvemos ir embora assim mesmo. Uma chuvinha de vez em quando faz bem, lava a alma. Banho quente e cama…. E a certeza de que a Cidade do México tem muito mais a oferecer e que deixamos de ver muitas coisas.