San Miguel de Allende – México

08/06/2014

Botar todas as tralhas na Cherry (sim porque tínhamos tirado tuuuudo para a revisão) e cair na estrada em direção a San Miguel de Allende, uma cidade colonial que foi importante ponto de parada na rota de mulas, que levavam ouro e prata para o porto e traziam artigos da Europa para a capital. Hoje, um centro turístico, com uma vida cultural movimentada pelo grande números de expatriados que vivem aqui, principalmente americanos. Nosso hotel, San Borja B&B, fica numa rua tranquila no centro histórico. São 4 suites em uma casa restaurada e decoradas com muito bom gosto, e um jardim muito agradável. Nossa anfitriã, Maria del Rocio, muito amável e solícita, nos recebeu super bem e temos um bonito quarto e bem silencioso. Fomos dar uma volta na praça, e como é domingo, está bem movimentada, com muitas famílias e crianças. É impossível andar pelas ruas do México sem topar com igrejas. Acho que nem a Bahia ou Minas têm tantas assim. Já perdi a conta de em quantas entramos. E, como na Bahia, aqui também percebemos um sincretismo religioso, com santos de feições indígenas e roupas típicas locais. Ainda não tivemos oportunidade de ver nenhuma celebração religiosa, que deve ser muito interessante. A catedral ou La Parroquia, é uma igreja com exterior neo-gótico, mas de coloração rosa, bem interessante e com vários sinos que são tocados ainda manualmente. Comemos no Don Lupe, um restaurante familiar, tocado pela Monica e seu irmão, uns tacos bem gostosos e até experimentei a michelada. Quem sabe ainda aprendo a gostar de cerveja?

09/06/2014

Por sugestão da Rocio, fomos conhecer o Charco del Ingenio, uma espécie de Jardin Botânico. Fomos á pé, pelas ruas de pedra e apreciando o casario e a infinidade de lojinhas e galerias de arte e cafés. Passamos também por um mirador de onde se avista a cidade e suas inúmeras igrejas, com um lago ao fundo e o contorno da Sierra Madre Oriental. É uma área de preservação, com várias espécies nativas como cactus (para mim sempre lembra México), de pesquisa e também cerimonial como atestam vários espaços e artefactos que vimos por lá. Tem uma represa, mas que está quase seca por assoreamento – tem um dique e a terra está quase até o topo, restando apenas umas poças de água. Estão tentando recuperar, pois era usada por várias aves e outros animais. Vimos umas poucas garças (brancas e negras, convivendo em harmonia!!!! Porquê nós não podemos?) e pássaros. Tem também um canion, com um rio correndo ao fundo. Caminhamos umas 3 horas por lá curtindo a paisagem e o silencio. Na volta, um suco especial na cafeteria, para enfrentar a volta. Mas, descida, e pra baixo todo santo ajuda. Voltamos por um outro caminho, passando por áreas de condomínios, com aquelas casas lindas, com flores e coloridas, bem estilo mexicano e muitas delas com carros de placas do Texas, Arkansas, Arizona. Acho que é mesmo uma ótima cidade pra se morar, bonita, limpa, clima bom e muitos velhinhos. Passamos também pelo mercado com suas bancas de frutas e flores super coloridas. A essa altura, a fome já estava batendo e achamos um restaurante bacanudo, El Pueblo Viejo, e comi um salmão delicioso e o Fernando carne, que vem numa pedra vulcânica, acompanhada de uma Negra Modelo, uma cerveja mexicana mais escura. O garçom ficou conversando conosco sobre a Copa, política e as similaridades que têm nossos países. Os mexicanos são sempre muito simpáticos e bem humorados (exceto alguns policiais, hehehe) e gostam de conversar. Estamos amando o México. É como estar na casa dos primos.

10/06/2014

Resolvemos bater perna pela cidade, nos perdendo em suas vielas, galerias, igrejas. Seguimos um roteiro á pé que sugeria o nosso guia, descobrindo novos tesouros como a Casa do Inquisidor e a Casa da Inquisição, onde viveram os Inquisidores espanhóis e, em frente, faziam seus interrogatórios. Ambos estavam fechados. Voltamos pro hotel e aproveitamos para baixar algumas fotos e progrmar nossa próxima parada. Como o Fernando quer ver a abertura da Copa e o jogo do Brasil, resolvemos ir pra San Luis Potosí, que é uma cidade maior. Á noite, fomos jantar no Mamma Mia, com direito a uma big margarita frozen pra mim e cerveja pra ele e um violonista que tocava pra caramba!!! San Miguel de Allende foi considerada a melhor cidade do mundo!?!?!?! Pelo jeito, tem muito aposentado americano que concorda, pois estão por toda a cidade. Realmente, a cidade é muito bonita e agradável.