Arenal – Costa Rica

20/05/2014

Conversando ontem com o Bart, resolvemos ir para a região dos vulcões e deixar praias pra volta. Nosso bugio-despertador nos acordou hoje ás 5:30 horas, com o sol nascendo, pegamos nossas tralhas e saimos morro abaixo. Nesse horário, a passarada está toda alvoroçada, cantando como loucos, mas como a mata é muito fechada, não conseguimos fotografar nenhum. E como o Fernando estava com uma mochila mais pesada, se eu ficasse parando, acho que me rolava morro abaixo. Como havia chovido muito o dia anterior, haviam muitas poças e, ao chegarmos na praia, a maré ainda estava alta e não havia caminho. Esperamos um pouco a maré baixar e, ás 6:30hs, batemos á porta do outro Denis, que já estava de pé. Pegamos a Cherry e, de novo na estrada. Acabamos pegando um trecho maior de estrada de rípio, que passava por fora de Golfito. Como não tinha internet na Kakau Jungle, não tínhamos hotel reservado. Mas arriscamos ir para um que o meu guia indicava, na região de Guanacaste. Seguimos pela Panamericana até Cañas, onde pegamos uma estrada vicinal, mas em bom estado até Tilarán, onde aproveitamos para comer algo e comprar suprimentos. Depois mais um trecho de estrada, contornando a Laguna Arenal, com suas águas verdes com muitas casas de veraneio, hotéis e bares. Como estava um dia claro (o que é raro nesta época), da estrada já avistamos o vulcão Arenal, com seu cone perfeito e, a seu lado o vulcão Chato. O Arenal é um vulcão ativo, tendo a última grande erupção ocorrido em 1968, após um terremoto, e que dizimou a cidade de Tabacón. Desde então, não passa um dia sem que pequenas erupções ocorram, com saída de fumaça e pedras rolando morro abaixo. Na época da seca, ás vezes, á noite, é possível ver fagulhas saindo pelo cume, como num show pirotécnico. Passamos pela entrada do Parque Nacional Volcán Arenal e chegamos ao Arenal Observatory Lodge e ficamos aí. É um hotel, dentro de uma área grande, ao lado do parque e eles tem um convenio com o Smithsonian, aquele museu e instituto americano de pesquisas, e recebem também pesquisadores e estudantes americanos. Têm várias trilhas que dão acesso aos vulcões Arenal e Chato, cachoeiras, pontes suspensas, bem como um museu de vulcanologia e um sismógrafo, para medir a atividade dos bichões. O lugar é muito legal, com quarto espaçoso, e vista espetacular do vulcão. Fomos fazer uma caminhada até uma cachoeira, passando pelo meio da mata e vimos um bando de macacos capuchinhos nas árvores e muitos pássaros. Na cachoeira, havia um grupo de adolescentes americanos, com um professor. Ficamos por ali um pouco, apreciando a cachoeira e o silencio, depois que foram embora. De volta ao hotel, um belo banho, jantar e se preparar para subir ao vulcão Chato. Calma, pessoal, este é inativo e tem uma lagoa na cratera. Ao Arenal, pode-se ir até um ponto onde existe a lava da última erupção. Não se pode subir muito pois o bichão pode acordar…..

21/05/2014

Tomamos um café da manhã reforçado, pegamos uma mochila com água e suprimentos, as máquinas fotográficas e nos encaminhamos para a trilha. Como as trilhas são bem sinalizadas, não é necessário contratar um guia. Passamos por uma ponte suspensa, trechos de estradas de fazenda e finalmente, começamos a subida. E bota subida nisso. A cratera está a 110 m de altitude, com uma subida bem íngreme, com áreas de pedra e lama, no meio da mata. Fomos calmamente, como sempre, tirando muitas fotos e curtindo o local. Chegamos ao topo do vulcão, de onde se tem uma vista da lagoa, de um verde esmeralda, muito linda. Agora, toca descer para chegar á cratera. Alguns escorregões e nenhum tombo depois, chegamos numa praia pequena e bem rústica, na beira da lagoa, só pra nós. O acesso pelo parque é do outro lado, e tinha umas 10 pessoas. Depois de todo calor, até me animei e entrei na água, acompanhada por Fê e algumas rãs locais, hehehe. O dia estava meio nublado, mas mesmo assim, dava pra ver o verde da água e o fundo nas partes rasas. Muitas fotos depois, mais um lanchinho e toca voltar. Quando chegamos no topo, encontramos algumas pessoas chegando. Tem-se algumas vantagens em madrugar!!! Umas 3 horas de subida e mais 2 horas de descida. Mas valeu cada minuto. Para relaxar, resolvemos voltar á cachoeira, que hoje era só nossa. Aproveitamos para tomar um banho na água fria e tirar o cansaço. Olha que esta vida até que não tá ruim, não!!! Como brinde, nos jardins do hotel descobrimos uma pitangueira carregada e fizemos a festa.
Tempo fechado, então o Arenal está encoberto e não temos pôr-do-sol.