Leon – Nicarágua

23/07/15

hoje batemos nosso record: 3 países em 01 dia! Saímos de El Salvador às 6:10 h da manhã, em direção à fronteira com Honduras em El Amatillo, onde chegamos às 7:20 hs. Em 40 minutos demos a saída, após tirar xerox dos documentos do carro. Custo: zero. El Salvador é dos poucos países da América Latina que não cobram pelos processos de fronteira. Seguido pelos tramitadores, fomos à Imigração de Honduras. Custo: US$3/pessoa. Daí seguimos para a Aduana, para a importação temporária do carro, mesmo estando em trânsito, ie, só vamos cruzar o país hoje. Papel daqui, 2 cópias do passaporte, do carimbo de entrada, dos papéis do carro, da carta de motorista, volta no guichê, sai novo papel, vai ao banco, paga US35 e volta ao guichê, pega papel e, 2:30 horas depois, seguimos, mostra papelada para um funcionário e, ufa, estamos liberados. Aqui nem precisa trocar dinheiro pois aceitam dólar. Cruzamos o país por uns 130 km e seguimos para a fronteira Honduras-Nicarágua em El Espino, onde chegamos por volta de 12:10hs. Paga-se mais US$3/pessoa para o carimbo de saída, trocamos dólar por córdova (US$1=C$26), que depois descobrimos não ser necessário pois aceitam dólar em todo lugar. Passa por uma fumigação do carro, US$3. Entramos na fila para a Imigração da Nicarágua e depois de quase 20 minutos esperando o funcionário nos manda para outra fila. Mais 20 minutos, mostra passaporte, paga US$12/pessoa e vamos à Aduana, mais cópias de papelada e mais US$12. Mais 2 horas depois, listos? Sí. Seguimos uns 30 m, e pára pra mostrar papéis, responder um questionário se temos sintomas de dengue, paga-se mais US$1/pessoa de taxa municipal de turismo e, 8:10 horas e uns cem dólares a menos, estamos na Nicarágua. Cansados e com fome, seguimos até Esteli, apenas pra passar a noite. Tempo total da viagem: 10:10hs. É comer algo e dormir….

24/07/15

se quisêssemos e tivéssemos mais tempo, tem várias atrações pelo caminho, mas temos que escolher algumas, senão levaremos 10 e não 2 anos viajando. Nosso destino hoje é León, cidade universitária e revolucionária, onde nasceu o movimento sandinista na década de 70, contra uma ditadura familiar dos Somoza. O trânsito é caótico e acabamos caindo na área do mercado, com centenas de pessoas, bicitáxis, carros, caminhões, carregadores, disputando o espaço da rua, sob um calor de 35o C. É ter paciência, porque não tem outro jeito. Depois de um tempo, conseguimos sair, achamos um estacionamento, paramos a Cherry e fomos conhecer a praça central, com sua enorme catedral, a maior da CentroAmérica e que está sendo restaurada por fora e quando voltamos mais tarde, estava havendo uma formatura de universitários. Achamos um lugar para comer por ali mesmo e almoçamos. Daí fomos ao Museu da Revolução, um prédio grande, mas semiabandonado. Fomos atendidos pelo Marcelo, codinome Oscar, que participou do movimento sandinista no final dos anos 70 e que nos contou um pouco da história das guerrilhas, da dificuldade em manter o museu, que consiste uma sala com fotos dos guerrilheiros, recortes de jornal da época, tudo bem simples. Relata sua decepção com os governos pós- guerrilha, seja de direita ou de esquerda, pois acabam todos esquecendo seus ideais e apegam-se ao poder. Passamos por mais umas duas igrejas e seguimos pro nosso, B&B, que é um pouco afastado da cidade. Fomos super bem recebidos pela Veronique e o Eric ( e o petit Elliot), franceses que há 4 meses compraram o hotel. Os bangalôs são de teto de sapé e o banheiro não tem teto. Mas, tudo muito bem cuidado e bonito. Como têm comida, acabamos jantando por lá mesmo.

25/07/15

vamos tentar chegar ao vulcão Cerro Negro, um vulcão ativo (tem fumarola na cratera), mas cuja atração principal é a descida: em um lado onde a encosta é de areia negra, como em Natal, skibunda! Só que com uma inclinação de 45o e uma altura de 700m. A maioria das pessoas contrata o passeio com uma operadora que providencia o transporte, as pranchas, etc, a um custo de US$40/pessoa. Usamos o Google Earth pra traçar a rota e, claro, nos perdemos muuuito. O jeito foi usar a velha tática de ir perguntando, mesmo assim, às vezes as informações não batiam, mas enfim, chegamos. O Fê não quiz descer na prancha, então, as entradas, estacionamento, minha prancha e EPI (leia-se um macacão grosso, óculos e luvas) a um custo de US$22. Fomos com a Cherry até o estacionamento, peguei minha prancha e o EPI, água e gatorade e lá fomos nós, morro acima, com um calor daqueles! Ao chegar ao topo, na borda da cratera, começou um vendaval que quase me leva com prancha e tudo! Teve momentos em que tivemos que nos agachar, para não cair. E a areia entrando por todos os poros! À direita está a cratera, com suas fumarolas de enxofre e uns blocos de pedra, que parecem um monstro tentando sair de dentro do vulcão. À esquerda, penhasco e a vista de vários quilômetros de extensão, apesar da neblina. Quando chegamos no ponto de descida, havia um grupo de umas 20 pessoas se preparando para descer. Aqui o vento estava mais fraco e entrei na fila da descida. Vesti meu “equipamento” e, depois de uns 15 minutos, lá fui eu. Para quem já desceu ladeira com carrinho de rolimã, não tem segredo. Segurar firme e usar o pé para frear. Dizem que pode-se chegar até 70km/h e também, há quem desça de pé, como um snowboard. O Fê desceu por aqui, só que andando, com areia até o tornozelo. Gostei de descer, lembrei-me da minha infância, com meus irmãos, só que sem EPI e muito joelho ralado, hehehe … Mais estrada de areião e buraqueira, mais uns perdidos e acabamos voltando pro nosso hotelzinho, com sua piscina e boa comida. E um banho caprichado, pois tinha areia no ouvido, no cabelo e uma camada fina cobrindo toda a área exposta. Será que vale como um peeling, hehehe? Tínhamos pensado em ir até a praia Las Peñitas, a uns 20 km de León, mas bateu preguiça.

Vejam as fotos: