Cuevas de Las Manos – Argentina

25/11/15

margeando o imenso lago General Carrera, com suas cores que vão do turquesa ao safira, emoldurado por majestosos picos nevados, vamos seguindo rumo a Chile Chico e, mais uma vez, à fronteira com a Argentina. Pelo caminho, passamos por uma mineradora e um mirante de onde se vê uma lagoa de cor turquesa e minério em volta. E um cartaz, que diz que eles se preocupam com o meio ambiente e tem procedimentos ecológicos. Depois do desastre em Mariana, fica difícil acreditar. Quem sabe as leis no Chile sejam mais rigorosas. A saída do Chile não levou 5 minutos, mas a Aduana estava com uma paralização de 2 horas e tivemos que esperar; consequentemente, na imigração na Argentina formou-se uma fila, mas, também foi rápida e a importação do carro, uns 10 minutos. Desta vez, ninguém nos fez baixar a bagagem. Já na Argentina, ainda se segue um bom tempo margeando o lago, que aqui se chama Buenos Aires, passando pela cidade de Perito Moreno (não confundir com o Parque Perito Moreno, que está em El Calafate), de volta à Ruta 40 e parando em uma pousada, uns 60 km à frente, e que dá acesso ao Canion do Rio Pinturas e às Cuevas de las Manos, um sítio arqueológico com a maior concentração de pinturas rupestres do país e uma das mais antigas expressões de cultura humana da América do Sul. E, final de tarde, ou melhor, início de noite, pois foi às 21:30 hs, mais um espetáculo do astro rei, seguido pelo nascer da Lua, cheia.

26/11/15

para se chegar às Cuevas de Las Manos são três opções: um caminho não asfaltado de uns 50 km, o mais tradicional, de 28 km, seguindo o rio desde Bajo Caracoles por 46 km e, a última e que fizemos, desde a pousada, 18 km de carro, por estrada de rípio até a borda do canion, descendo-se até o fundo, cruzando o rio e subindo pelo outro lado, até a entrada da Reserva. O canion do rio Pinturas lembra um pouco o Monument Valley nos EUA. O trekking tem uma cota de 300 m até o fundo, e tem-se que ter bastante cuidado, pois há muitas pedras soltas. Paga-se US$10/pessoa para visitar as pinturas rupestres, sempre com guía. São umas 800 pinturas de mãos, em “positivo” (molha a mão com tinta e pinta) e “negativo” (apóia a mão e sopra tinta em volta), por uns 600m de extensão, e que datam de 13000 a 3300 AC. As mais antigas são mais elaboradas, com figuras humanas e de animais, estilizadas e, as mais “modernas”, com motivos geométricos, como círculos e zig zag. Além do excelente estado de conservação, surpreende o fato de que somente pigmentos naturais foram usados. Também não se sabe o porque faziam estas pinturas, se ritualísticas ou para comemorar algo. Toca a fazer o caminho de volta, descendo e subindo o canion. Quase no topo, vimos uma ave no ninho, num buraco na rocha, que pensamos ser um condor, mas era um tipo de garça. Ainda demos uma parada em um outro ponto, com umas rochas que pareciam sarcófagos, na parte sul do canion. E uma chuva de granizo que, em dez minutos, deixou a estrada branca.

Vejam as fotos: