31/10/15
Friozinho altiplânico, fomos ver a Laguna Colorada mais de perto. Tem um mirante de onde se pode ver os dois lados da lagoa e também pode-se descer até a margem. O tom avermelhado, meio tijolo, é incrível, ainda mais com o sol incidindo. E mais flamingos, andinos e de James. Passamos ainda por uns geiseres e pela lagoa Verde. Hora de seguir viagem, fazendo um desvio para Apacheta, onde está a aduana da Bolívia, a mais de 5000 msnm. Haviam nos dito que teríamos que fazer a aduana aqui, pois na fronteira, no Paso Hito Cajones, às vezes, o funcionário não está. Mas, o funcionário daqui disse que agora há alguém direto e, então, seguimos viagem. O posto de Hito Cajones é bem simples, os funcionários estavam todos fora, conversando, nos atenderam e, em menos de 20 minutos estávamos saindo da Bolívia. Ah, o funcionário da Imigração nos cobrou pelo visto de saída, o que é indevido. Algo como 10 dólares e não tivemos como escapar. Seguimos mais uns 80 km, logo vimos o vulcão Licancabur e chegamos a San Pedro do Atacama, a 2400 msnm, imigração rapidinha, mas na Aduana, o funcionário nos fez baixar toda a bagagem. Já é a terceira vez que viemos ao Atacama e sempre descobrimos coisas novas. Temos um carinho especial por esta região, pois foi nossa primeira “expedição”, com nosso Troller, em 2004. Hoje a região está melhor estruturada, a cidade tem opções de hospedagem para todos os bolsos, surgiram novas atrações e claro, cobra-se para tudo e os preços estão mais altos. Fomos ao Valle de la Muerte, com suas lindas formações rochosas, suas gargantas estreitas e seu vermelho; e tinha uma galera fazendo sandboard, nas enormes dunas daqui. Pode-se fazer caminhadas, bike, cavalo. Paramos em vários pontos, tiramos muitas fotos e fomos ao Valle de La Luna, com uma paisagem lunar de morros esbranquiçados, erodidos pelo vento e cercando um vale que foi o leito de um lago há milhões de anos, cortado por uma imensa duna, com uma subida braba, mas ótimo lugar pra se apreciar o pôr-do-sol e as cores quentes refletidas nos morros. O inconveniente, além da subida, é a multidão que se concentra aí. Fizemos uma caminhada pelas “cuevas”, passando por túneis estreitos entre as rochas e algumas cavernas e seguimos até as 3 Marias, 3 formações rochosas, uma ao lado da outra. Como já era de tarde, nã havia ninguém por perto e pudemos curtir o silêncio. Pra fechar o dia, jantar num simpático restaurante, na rua Caracoles.
01/11/15
as lagunas altiplânicas Miscanti e Miñiques estavam fechadas, pois o vulcão Lascar está mais ativo por estes dias, então fomos conhecer outras lagoas, que ainda não tínhamos visitado das outras vezes. Em meio ao salar do Atacama, fomos à Tebenquiche, uma lagoa de águas em vários tons de azul e verde, com uma passarela que acompanha boa parte de sua borda. Depois, Ojos del Salar, dois poços de água fria e verde esmeralda, quase perfeitamente redondos, em meio da planície árida. E, ainda, à laguna Cejar, com uma concentração de sal tão alta, que é impossível afundar. Mesmo eu, que sou um prego, flutuei. A água nem era tão fria, mas batia um vento gelado!!! E, ao sair, uma camada fina de sal se formava sobre a pele. Felizmente, o lugar é bem estruturado, com vestiários e duchas.
02/11/15
não acordamos tão cedo, mas mesmo assim fomos aos Geiseres del Tatio, a 95 km da cidade e a 4320 msnm, por uma estrada esburacada e demorando umas 2 hs. As agencias de turismo vendem o passeio, saindo às 4 hs da manhã, pois bem cedo é quando os geiseres estão mais ativos. Fomos com nosso carro e, apesar de não estarem tão ativos, lá estavam, jorrando água quente e vapor; tivemos o lugar só para nós e passamos menos frio. No local tem também uma piscina de águas quentes, mas não nos animamos. Pelo caminho, lhamas, guanacos e até um condor. Depois do dia cheio, fomos ver o pôr-do-sol no Vale da Lua, mas, ao invés de subir a super duna, fomos a um mirante, achando que estaria mais vazio. Ledo engano! Daí a pouco, começaram a chegar as vans com grupos de turistas e ficamos todos apreciando mais um espetáculo do rei Sol.
Vejam as fotos:
