Chilecito – Argentina

06/11/15

Pela ruta 40, seguimos para o sul, pelo vale Calchaquies, paramos nas ruínas de Quilmes, que se estendem pelas vertentes do cerro Cajón, dominadas por imensos cactus. Aqui viveram os Quilmes, caçadores, coletores e pastores de lhamas, de 1000AD aré a chegada dos espanhóis, em meados do século XVII. Pode-se fazer a visita só ou com um guia, que pede uma caixinha. Fomos com o Dario, nativo do local. São 14 comunidades os donos da área e que exploram o sítio. Há alguns anos foi feito um hotel no local, sem o consentimento deles, que foram à Justiça e conseguiram embargar. Desde então o hotel está abandonado. Voltando aos Quilmes, eram uma sociedade bem organizada, comerciavam com outros povos, inclusive os Incas e resistiram aos espanhóis por mais de um século. Permitiam a presença dos Jesuítas, mas não lhes permitiam evangelizar, pois tinham suas próprias crenças. Muito das ruínas foi reconstruído, mas de qualquer forma, é interessante conhecer um pouco mais das culturas antigas. Seguimos pelo vale do rio Santa Maria, passando por pequenos povoados, com seu ritmo pra lá de tranquilo, até chegarmos a Chilecito.

07/11/15

em Chilecito, seguindo a sugestão do Sr. Carlos, proprietário das Cabañas La Martina, onde nos hospedamos, fomos conhecer o Cable Carril, un teleférico de 35 km, 262 torres de 3 a 50 m de altura, e 9 estações, que transportava minerais (ouro, prata, cobre) da mineradora La Mejicana, situada a 4603 msnm e que funcionou de 1904 a 1924. Foi fabricada em Leipzig, Alemanha e montada em 18 meses, com mil operários trabalhando e uns 250 perderam a vida. É uma obra impressionante, se considerarmos quando foi feita e as condições locais, de terreno irregular, inverno rigoroso, neve. Fomos à estação 1 e 2, e pode-se ver as torrres, cabos, vagonetas aos montes. E, apesar do tempo e desgaste, o Fê empurrou um dos carrinhos, que deslizou como se tivesse sido lubrificado. Há um projeto para que volte a funcionar, com fim turístico, mas ainda é só projeto. Com 4×4 pode-se chegar até a estação 9, por uma estrada maldita, mas ia levar muito tempo e temos um longo trajeto. Seguimos pela Cuesta de Miranda, montanhas coloridas, vales, cactus, canions e fomos até o Parque Nacional Talampaya, formações rochosas que se elevaram quando da formação dos Andes, com fissuras e maciços, há 250 milhões de anos. Vegetação desértica com cactus e o algarrobo, usado desde sempre para construções, fogo, farinha da semente. A parte chata é que só se pode visitar numa van do parque, pagando-se como US$25/pessoa. Vai-se com um guia, que vai explicando o que vemos. São 4 paradas: petroglifos, uma área com várias pedras com inscrições; Jardim botanico e paredões, bosque de algarrobo e maciços de arenito que parecem muralhas; catedral, formações que lembram as torres de uma igreja e monje. Há 2 saídas por dia em um caminhão 4×4 que vai um pouco mais adiante, mas não coincidia com nosso horário. Dura umas 2 horas, com parada para um cházinho ou vinho. O ingresso ainda dá direito a uma visita ao Parque Triássico, com réplicas de dinossauros e ao vale do Arco-íris, que não conseguimos visitar pois são dois horários por dia e já tinha passado. Queríamos visitar também o Vale da Lua, mas devido as chuvas fortes, estava fechado. A região tem bastante coisa pra se ver e fazer. Fizemos apenas um overview.

Vejam as fotos: