Tikal – Guatemala

07/07/15

Dia de cruzar mais uma fronteira. Para a saída de Belize, estacionamos ao lado do prédio, passamos pela imigração, recebemos nosso carimbo de saída, fomos ao guichê ao lado e fizemos a aduana, para o carimbo do carro. Voltamos ao carro, seguimos até o prédio da Guatemala, passando antes para nova fumigacão, até dentro do carro; estacionamos e fomos à imigração. Ah, trocar dólar por Quetzal, pois temos que pagar as taxas: Q$19 (U$2,5) para a fumigação, Q$180 (U$25) para a importação temporária do carro e aqui não aceitam dólares. Pegamos os carimbos de entrada (dessa vez não precisamos preencher nenhum formulário, como na primeira vez) e fomos ao guichê ao lado para os trâmites do carro. Aqui a burocracia é maior: cópia do documento do carro, passaporte do Fê e carta de motorista, que já tínhamos, então foi rápido. Pagar a taxa, voltar ao guichê e ir com o funcionário inspecionar o carro, sem precisar tirar toda a bagagem. A Guatemala não exige seguro para o carro. Liberados, seguimos rumo a Tikal, a principal ruína maia da Guatemala. Antes, passamos pelo lago Petén Itzá, onde está Flores, uma ilha fluvial, acessível por uma ponte. Demos uma volta pelo centrinho e seguimos pela beira do lago, parando num restaurante para o almoço. Uma comida simples, arroz com peito de frango e salada, mas deliciosa. De volta à estrada, seguimos pra Tikal. Nosso hotel fica dentro do parque e para entrar, temos que comprar o ingresso para o parque. O funcionário nos orientou que se comprássemos após as 15:30hs, poderíamos visitar o parque hoje e amanhã. Como faltava pouco para as 3, resolvemos esperar. De posse do ingresso, fomos para o hotel, que está a 5 minutos do Centro de Visitantes, deixamos nossas coisas e fomos ao parque. O tempo está nublado e soprando uma brisa, o que pode não ser muito bom pra fotos, mas é uma benção para caminhar, neste calor amazônico. Seguimos entre árvores, ouvindo pássaros, bugios, macaco aranha, filhotes de raposa cinzenta. Vimos vários pássaros – montezuma, bem-te-vi, um parente do sabiá, colibris, perus selvagens. Chegamos direto à Gran Plaza, onde estão vários templos e monumentos. Com pouca gente, pudemos andar por ali, tranquilamente. Visitamos outros sítios (deixamos um pouco pra amanhã) e fomos voltando já com a noite caindo, quando os sons da mata se intensificam. Não deu pôr-do-sol, pois o tempo estava bem fechado. Jantar no hotel e tentar ver o nascer do sol amanhã…

08/07/15

acordei às 4hs, havia lua e resolvi ir ao parque. Fê preferiu continuar na cama. Peguei a câmera, a lanterna, me besuntei de repelente (sim, aqui tem tudo que é tipo de mosquito, vorazes). Para se entrar no parque antes ou depois da 6 hs, tem-se que pagar novo ingresso(???), mais Q$100 (U$13). Com a lua, nem precisei da lanterna e lá fui eu curtindo os sons do despertar da floresta. Mas o tempo foi fechando e então, resolvi ir pra Gran Plaza e não para onde todos vão para ver o nascer do sol. Uma neblina cobria tudo e pude ficar ali vendo a luz vencer as trevas, não em siliencio, mas cheia da vida da floresta: o ronco de dezenas de bugios, os gritos dos macacos aranha, canto de dezenas de pássaros, cigarras, grilos. Dava pra imaginar a cidade acordando há séculos atrás, para mais um dia, com sua rotina, intrigas, paixões. Como já estava por lá e aproveitando que ainda estava fresco, segui até o templo IV, o mais alto do local, subindo 178 degraus de madeira (está sendo restaurado) até o topo, com uma vista do topo das árvores e o topo dos templos da Gran Plaza, cobertos pela névoa. Aos poucos, mais pessoas foram chegando e segui por uns senderos menores, na tentativa de ver mais algum bicho e consegui ver os perus selvagens e uma paca, que rapidinho se embrenhou na mata. Tinha esperanças de conseguir ver um jaguar, hehehe. Quem sabe à tarde… Voltei ao parque e peguei uma trilha pelo meio da mata, passando por uma lagoa onde repousava um jacaré e segui mata adentro, mas dessa vez não tive muita sorte: nenhum animal à vista, só pássaros. E outro bando de macacos aranha no “quintal” do hotel…

Vejam as fotos: