Loreto, Baja Califórnia – México

28/05/15

seguindo pela Baja Califórnia Sur (BCS), rumo ao sul, continuamos pelo deserto, com seus cactus e vegetação rala. Tudo isso ainda faz parte da Reserva de La Biosfera del Vizcaíno, e durante a temporada, de dezembro a fevereiro, pode-se avistar vários tipos de baleias, ecobra-se ingressos para as áreas de onde se pode avistá-las. Mas aqui e por toda a estrada, observamos muuuita “evidência de presença humana” (leia-se: lixo), principalmente plásticos e garrafas. Uma lástima! Paramos em San Ignácio, um povoado cercado por palmeiras e com um rio de águas verdes, e que tem uma das missões mais bem conservadas da BCS. Perto de San Ignácio há vários canions, com muitas pinturas rupestres, algumas só acessíveis caminhando por dias ou em lombo de burro. Nos contentamos em ver os canions de longe mesmo e o vulcão 3 Virgens, que está um pouco adiante. O vulcão está adormecido há séculos, mas ainda podemos ver os campos de lava e seu trajeto. Próxima parada, Santa Rosália, com muitos morros e curvas, fundada por uma mineradora francesa em 1880. O cobre acabou e a mineradora se foi em 1950, mas ainda pode-se ver o esqueleto, bem como máquinas e partes do trem pela cidade. Deve ter sido bem bonita no seu auge, com sobrados avarandados e bem cuidados. Um deles, que diz-se ter sido um bordel nos tempos aureos, é hoje o Hotel Francês. Mas a maioria, está se decompondo… No centro, tem uma igrejinha, pré-fabricada com estrutura de metal, montada e desenhada por Gustave Eiffel, o da Tour Eiffel. Seguimos por mais uma serra e logo avistamos o mar de Cortês, com suas águas calmas (nesta época) e água azul cristalina. Passamos direto por Mulegé, pois já era tarde e ainda tínhamos muita estrada pela frente. E daqui, uma sucessão de praias, uma mais linda que a outra e desertas, nesta época. Algumas tem até uma estrutura de apoio rudimentar, mas, fechada. Paramos em 3 delas, La Escondida, El Burro e El Requesón, todas com areias brancas, águas variando de verde claro a esmeralda e azul profundo, límpidas. A vontade era de ficar por ali mesmo. Esta era a imagem que eu tinha da BC. Chegamos a Loreto no final da tarde e fomos pro La Damiana, o B&B da Debora e Gerardo, que nos acolheram muito bem e ainda nos levaram pra ver estrelas em uma estrada secundária e deserta, mais à noite.

29/05/15

por indicação do Gerardo, fomos fazer um passeio de barco por 2 das várias ilhas que tem por perto. Como é baixa temporada, fomos só o Fê e eu e nosso capitán, Marcos, nos levou primeiro à Isla Del Carmen, por um mar bem tranquilo e onde pudemos fazer um snorkel. Água cristalina, calma e ótima visibilidade, com muitos peixes, corais e estrelas do mar. Depois, seguimos para Isla Danzante, vendo o litoral recortado da BCS, com fragatas, gaivotas e águias pescadoras. Aqui, fizemos uma pequena caminhada até o topo da ilha, com mais uma vista deslumbrante do mar e praias. Mais um snorkel, almoço e voltar a Loreto. Nossa esperança era ver arraias (já que baleias já se foram), mas vimos uma ou duas beeem ao longe e um bando de golfinhos pulando ao redor do barco. Também acho que vi uma baleia mink, mas, não tenho certeza se era. Na temporada se avista muito mais, mas também fica lotado. À noite, fomos ao restaurante de Dna Sofia, e comemos um “combo mexicano”, muito bom. Ela mesma prepara tudo e o local é bem pitoresco, em meio a um jardim com muito artesanato e bem colorido. E ainda fomos convidados para tomar o café da manhã com ela e sua mãe, Dna Irene. Ainda demos uma caminhada pela praça, onde estava havendo um show de danças típicas. E os goiabas aqui esqueceram a máquina fotográfica….

30/05/15

Loreto foi a capital das Califórnias e hoje é um centro de pesca esportiva. O centro é em torno da Plaza Cívica e a Missión Nuestra Señora de Loreto, a primeira das Califórnias e onde começa o Camino Real, que vai até Los Angeles. No século 19 foi danificada por um furacão e terremoto e posteriormente restaurada. Foi daqui que os jesuítas partiram para evangelizar os indígenas e tem um museu que explica como e exibe alguns artefatos da época. A igreja ainda é bastante utilizada e todas as vezes que tentamos ir lá para fotografar, havia alguma cerimônia. Lá fomos nós tomar nosso “desayuno” mexicano, feito por Dña Sofia: ovos com feijão, molho, chilli e tortillas. Na verdade, almoçamos, hehehe. E tudo isso com uma boa prosa com as senhoras e ainda a Maru, irmã de Dña Sofia. Hoje à noite tem uma feira de comidas e estavam preparando os enfeites das mesas. Passamos a manhã por lá e depois de super alimentados e com um calor daqueles, voltamos ao nosso hotel e tiramos a tarde de folga. À noite, fomos prestigiar o evento culinário, com mariachis cantando e tocando, várias barracas de comida e as mesas com seus lindos arranjos. E acho que foi um sucesso, pois estava lotado.

31/05/15

acordamos bem cedo e fomos a Napoló, uma praia próxima. Na verdade é um condomínio, muito bem cuidado, com muitos americanos e só perguntando a um senhor é que conseguimos achar a entrada para a praia, que estava quase deserta. Seguindo a dica da Debora, nossa anfitriã, fomos pro canto direito onde está o hotel Loreto Bay (que tem campo de golfe, bar, caiaques, paddle) e Fê foi snorkelar enquanto fiquei pelas pedras, cheias de peixes. Como é baixa temporada, pudemos usar as cadeiras e barraca do hotel, pra fugir um pouco do sol. E o mar estava parecendo uma piscina, claro e sem ondas. Depois do campo de golfe tem uma baiazinha, com água ainda mais clara, também boa para snorkel. Uns poucos pescadores com varas estavam tentando a sorte, mas não foram felizes. Parecia mesmo que estávamos de férias, hehehe. Voltamos pra casa no meio da tarde e fizemos uma comidinha mais leve, pra compensar a comilança dos últimos dias. Um último passeio pelo “malecón” que amanhã é dia de estrada…

Vejam as fotos: