Guerrero Negro, Baja Califórnia – México

26/05/15

estamos na Baja Califórnia, uma península, uma faixa estreita de terra separada do continente pelo mar de Cortes, paraíso de surfista e balneário de baleias. Mas não mais agora, pois não há ondas e as baleias já foram embora pro Alasca. Na verdade, está dividida em Baja California, a parte norte, onde estão duas das principais cordilheiras, a Sierra de Juarez e de San Pedro Mártir, com um parque de mesmo nome; e Baja Califórnia Sur, com mais montanhas e onde estão as melhores praias. E, ao centro, o Desierto Central, com vales e parte do deserto irrigado e que produz frutas e vinhos. Com o tempo fechado, fomos seguindo a estrada 1, com vários postos de parada do Exército, sempre muito corteses, e vários pequenos vilarejos poeirentos. Ao chegarmos ao Valle de los Círios, uma área de proteção natural, onde predominam os círios, um tipo de cacto que cresce como um único tronco, e com umas folhinhas bem minguadas e saguaros, aqueles cactus característicos do México e alguns arbustos; aí percebemos que estamos no deserto. Pedra, areia e cactus. E aqui o tempo abriu e nos animamos a fazer fotos. Chegamos a Guerrero Negro e encontramos um hotel novo, Terra Sal, com ótimo preço. De dezembro a fevereiro, aqui é um ótimo lugar pra ver as baleias, que chegam aos montes para ter seus filhotes aproveitando as águas cálidas e fartas em comida. Está dentro da Reserva de la Biosfera del Vizcaíno, uma extensa área onde estão protegidas espécies de plantas, leões marinhos, baleias, aves e animais, algumas endêmicas e algumas em risco. Aqui está também a maior salina do mundo, que extrai sete milhões de toneladas de sal ao ano, exportado para vários países. Já que não tem baleia, veremos o que temos pra fazer amanhã.

27/05/15

fomos à Reserva de la Biosfera del Vizcaíno, passando em meio às salinas e dunas e pudemos observar vários pássaros se alimentando no banhado local. E também, várias águias pescadoras e seus ninhos. Como elas fazem seus ninhos em lugares altos, como postes, aqui eles “plantaram” alguns postes, sem eletrificação e elas não se fizeram de rogadas, foram logo ocupando. Vimos um ninho com 3 filhotes e a mãe observando tudo ali por perto. Parte da reserva está na área da salinera, e fechada. Perguntamos ao vigia e ele nos disse que só é aberta na temporada do avistamento de baleias, que entram na laguna Ojo de Liebre, podendo ser observadas deterra mesmo. Pena! Só em dezembro elas estarão de volta… Passamos por alguns salares, mas as montanhas de sal e os salares maiores estão inacessíveis no momento. Paciência…

Vejam as fotos: