Oahu, Havaí – EUA

22/04/15

encostamos nosso Jeep companheiro em um estacionamento e hoje vamos de avião para o Havaí, que é o 50o estado americano e um arquipélago localizado no Oceano Pacífico. Com um pouco mais de 28 mil quilômetros quadrados, possui 132 ilhas que se estendem por 2 450 km. Porém, a maior parte do Estado concentra-se no sudeste do arquipélago, onde estão as oito maiores ilhas do Havaí, que são as únicas habitadas. O meio da cadeia do Havaí é constituído por ilhas muito pequenas e rochedos, e o extremo noroeste é formado por recifes e cadeias de areia. A altitude média do Havaí é de 925 m, e o ponto mais elevado fica em Big Island, possui 4 206 m de altitude no vulcão Mauna Kea, na Ilha do Havai ou Big Island, que se ergue do fundo do oceano, juntamente com seu irmão mais novo, Mauna Loa (4 169 m), a 5 998 metros de profundidade. Se consideramos o conjunto (da base no fundo do oceano ao cume) dá mais de 10 000 ms, no total. Mais alto que o Everest. Todas as ilhas do Havaí foram formadas por vulcões, que lentamente emergiram do leito do mar, através do que a geologia chama de ponto quente (hot spot). A teoria mantém que à medida que a placa tectônica do fundo do Oceano Pacífico move-se em direção ao noroeste, o ponto quente mantém sua posição (ou seja, não se move com a placa tectônica), e vai, lentamente, criando novos vulcões. Isto explica o fato de que são apenas os vulcões do sudeste do Havaí que continuam ativos. O mais recente vulcão em formação é Lo‘ihi. A cadeia de rochedos e recifes ao centro e ao noroeste já foram vulcões ativos, bem como as ilhas que possuíam tamanho comparável às oito grandes atuais, mas ventos, ondas e correntes do mar lentamente erodiram estas ilhas, fazendo-as diminuir de superfície. O Havaí abriga o Hawai’I Volcanoes National Park, um Patrimônio Mundial, que engloba além do Mauna Loa, o vulcão Kilauea, o mais jovem e mais ativo da Terra, e em erupção contínua desde 1983. Me lembro de quando criança, ter assistido a um filme em que o Kilauea entrava em erupção e avançava sobre uma cidade, causando pânico e destruição. O que de fato aconteceu, mais de uma vez no último século. Já a mitologia havaiana conta que as ilhas foram criadas pela deusa Pele que vive no Kilauea, chamada respeitosamente de Madame Pele e conhecida por seu poder, paixão, ciúme e capricho. Daí as explosões do vulcão. Enquanto pesquisava sobre o Havaí, para decidir quais destinos, deparei-me com o blog da Lúcia Malla – www.luciamalla.com, uma carioca que mora no Havaí há vários anos e que tem dicas muito boas. Se quiserem dicas, podem visitar que o site é muito bom e ela é super atenciosa. Ou, pode contratá-la pra ajudar a programar a viagem. Acabamos por fazer tudo nós mesmos, com passagens aéreas da Hawaian Airlines e marcando todos os hotéis, o que gerou uma economia de, pelo menos, uns 20%. Também alugamos carro em todas as ilhas pois o tranasporte público é bem restrito. Optamos por fazer as 4 maiores ilhas: Oahu, Kauai, Maui e Big Island ou Hawai’I, ficando uns 5 dias em cada uma. O vôo demora 5 horas, direto para Honolulu, em Oahu, a capital do Havaí e maior cidade (lembrar que são 3 horas a menos que LA). Agora estamos com 7 horas a mais que no Brasil. Do avião já dá pra ver o azul cistalino do Pacífico, que vai clareando, com tons de verde próximo à costa. Ficamos num hotel em Waikiki, a praia mais badalada de Honolulu, com uma avenida cheia de lojas chiques e restaurantes. Fomos dar uma volta pela orla e pela praia e logo nos deparamos com um “estacionamento” de pranchas de surfe, pode? Em um corredor, os caras empilham as pranchas e amarram com correntes e cadeado, evitando ter que levar e trazer todo dia. E pode-se também alugar. Caminhamos um pouco pela praia de Waikiki, que estava bem cheia para os padrões locais, com figuras exóticas e na volta, paramos no Duke’s, um bar pé na areia, para um maitai, a bebida típica daqui. Duke Paoa Kahanamoku, que dá nome ao bar onde tem várias fotos dele, nasceu em 1890 em Honolulu, tendo ganhado sua primeira medalha olímpica aos 21 anos e tendo representado os EUA por 20 anos. É lembrado como um nadador veloz e elegante, bem humorado e de grande espírito esportivo. Também é lendária sua performance no surf e que ajudou a divulgar o esporte, bem como atraiu a atenção de Hollywood, tendo participado de quase 30 filmes. Charmoso, íntegro e de grande coragem, tornou-se Embaixador do Havaí, participou de vários resgates de pessoas no mar, com sua prancha e, acreditem, em 1929 pegou uma onda gigante em Waikiki e surfou nela por quase 2 km!!! Morreu aos 78 anos, em 1968. Reflete bem o espírito de “Aloha” havaiano. Para completar nosso “batismo” havaiano, topamos com um show de música e hula, a típica dança local. Melhor impossível.

23/04/15

com o fuso meio atrapalhado, comemos um pote de açaí com frutas (sim, aqui também tem) e fomos seguindo para o leste, Kailua Beach, para o primeiro contato com as águas do Havaí. O que impressiona é a cor e a limpidez da água. Mesmo de fora, se consegue ver os peixes a vários metros de profundidade. Claro, parada para fotos, até descobrir que a máquina estava sem o cartão de memória … Tiramos para baixar e esquecemos de colocar de volta. Pelo caminho tem a Hanauma Bay, que fecha às quintas-feiras e, claro, é hoje. Logo depois está o Halona Blowhole, um buraco por onde a água esguicha quando a onda bate. E lá embaixo, proibida a descida pelos penhascos (mas que muita gente ignora e desce) está uma prainha pequena, imortalizada no filme “From here to Eternity”, estrelado por Debora Kerr e Burt Lancaster em 1953, onde acontece uma das cenas de beijo mais “quente” do cinema de todos os tempos. E paisagens estonteantes por qualquer lado que se olhe. Fomos até o Polynesean Cultural Center, onde acontece luaus e que tem museu, exposições das várias etnias, shows, lojinhas e comida. Sem fotos….

24/04/15

nosso destino é o North Shore, onde estão as ondas gigantes e é realizado o campeonato de surf. Mas, não nesta época. Pegamos a Pali Hwy em direção a Kaneohe, com vistas maravilhosas, pegando depois a Kamehameha, rumo ao North Shore, parando em Laiee Kahuku Point. Sunset Beach e Ehukai (a famosa Pipeline), das ondas gigantes no inverno. Hoje, o mar está uma piscina e tinha apenas um surfista solitário esperando uma onda, mas que não veio. Aproveitamos para comer pastel, coxinha e guaraná no “truck food” de uma brasileira, e fomos atendidos pelo Eric e Márcio, brasileiros que moram e trabalham aqui e pegam ondas nos intervalos, hehehe. Matamos um pouco a saudade de casa. Seguindo pela estrada, paramos em Waimea, Halewia e seguimos até o Kaena Point. Vários pontos para snorkel nas piscinas que se formam quando a maré baixa. Na volta, descemos pelo centro da ilha, passando por plantações de abacaxi e paramos em Pearl Harbor, mas só conseguimos ver parte do museu, pois fecham às 5 horas e o lugar é imenso, com duas áreas distintas. À noite, fomos ao Hilton, para uma queima de fogos na praia, bem legal. E o que também é bom, de graça.

25/04/15

hoje vamos para o lado oeste da ilha, dirigindo novamente até Kaena Point. Ontem fomos pelo lado leste, mas chega num ponto em que não há estrada e pode-se ir à pé, por uma trilha que conecta os dois lados. É um parque, com área para caminhadas e snorkel. E também muitos galos e galinhas “selvagens”, cuja estória é que nas ilhas haviam muitos galos de briga e durante um furacão eles foram soltos e se espalharam. Como não têm um predador, foram se reproduzindo e hoje estão por toda parte. Será que alguns deles não vão parar em algumas panelas? Os antigos havaianos dizem que aqui é o ponto de onde as almas pulam para o outro mundo. Pouco antes, está a Makua Cave, uma gruta onde, segundo a lenda mora um tubarão que se transforma em homem, que atrai as pessoas para a gruta para devorá-las. Esta gruta já esteve sob a água e, à medida que se vai aprofundando, ela vai se estreitando até ter que se arrastar. Claro que paramos antes disso, afinal, não queremos ficar entalados no Havaí. Duas coisas que aprendemos sobre o Havaí: tudo tem uma história mítica por trás e a sinalização dos lugares é péssima ou inexistente. Às vezes, só perguntando a alguém do local é que conseguimos encontrar os lugares. Na volta, fomos parando pela várias praias e ainda voltamos à Kailua e Lanikai, considerada uma das praias mais lindas do mundo, Waimanalo Beach e Hanauma Bay, que hoje estava aberta e é muito linda.

26/04/15

nosso passeio hoje é subir o Diamond Head, um cone vulcânico que domina a paisagem de Honolulu. É uma trilha de uns 2 km, mas que passa por rochas, penhascos, muitos degraus, um túnel e mais degraus. Do alto, avista-se Honolulu e o Pacífico. Na volta, demos uma volta pelas ruas de Waikiki, com suas lojas de grife e esculturas colossais. À noite, um último maitai no Duke’s e amanhã, avião para o Kauai.

Vejam as fotos: