San Antonio – Texas

16/06/2014

Descobrimos que Matamoros tem pelo menos 3 pontos de passagem: Puente Vieja, Puente Nuova e Los Tomates (também conhecida como Ponte Internacional Gal Zaragoza ou Veterans International Bridge). Uma oficial da aduana a quem perguntamos sugeriu que fôssemos por Los Tomates, que é mais tranquilo e tem aduana e imigração integradas. Coincidentemente, era a mais próxima do nosso hotel. Fomos á imigração mexicana e, além da tarjeta de imigração, tem que ter o recibo dos US$25 que se paga na entrada. Não encontrei o meu (mas tenho certeza que paguei!!!), e tive que pagar de novo (???), mas o oficial deixou por US$20, mas também não emitiu qualquer recibo. O do Fernando estava Ok. Pegamos a Cherry e fomos pra outro estacionamento, pra dar a saída do carro e recuperar os US$400 que tivemos que depositar na entrada do México. Aqui tem que ter cuidado, pois se passar pelo pedágio, não tem como voltar. O estacionamento fica á esquerda, logo antes do pedágio. Cancelamos o documento do carro, pegamos os dólares, pagamos o último pedágio mexicano (ainda bem que tinha uns pesos; mas aceitam dólares, também) e pegamos a fila para a imigração americana. Passa-se primeiro por um oficial, que checa os passaportes e enquanto isso, outro com o cão farejador dá uma volta ao redor do carro. Em seguida, nos encaminhou para a vistoria do carro. Paramos o carro numa área coberta, vieram dois agentes, deram uma olhada na bagagem, conversaram um pouco, fizeram um papel e nos encaminharam para a imigração. Chegamos e haviam 3 pessoas esperando e ninguém atendendo, nos 4 guichês disponíveis. Mas havia pelo menos 6 agentes lá dentro, conversando, andando, no computador. Depois de uns 20 minutos, uma moça atendeu um rapaz e sumiu novamente. Como meia hora depois, ainda não haviam atendido ninguém, fui na sala anterior e perguntei ao agente que lá estava, se havia algum problema, pois não havia ninguém atendendo. Ele ligou lá dentro, houve uma movimentação e, depois de uns 10 minutos, a mesma agente, começou a atender. Tudo muito rápido, sem papel, sem burocracia. Mais simples que de avião. Sequer exigem seguro para o carro. Mas o mesmo é obrigatório e faremos logo que possivel. Fomos parados alguns quilômetros á frente pelo exército, algumas perguntas básicas e seguimos em direção á San Antonio. Ficamos hospedados num hotel próximo ao Riverwalk e ás principais atrações locais, como o centro histórico e o forte Alamo. O calor aqui está 35 graus no final da tarde. Saimos para um passeio no Riverwalk e aproveitamos para comer algo. São uns 6 km de rio, sombreados por cipreste carvalhos e salgueiros, com a área central cheia de bares e hotéis, sempre cheia de gente, principalmente á noite. Pode-se também passear de barco e o guia vai explicando os principais prédios e monumentos pelo caminho. Bem legal.

17/06/2014

Hoje fomos ao Forte Álamo. Lembra dos filmes de cowboy? Aqui houve uma batalha dos texanos contra os mexicanos, comandados pelo general Sant‘anna, em 1836. Originalmente, foi uma missão jesuítica, San Antonio de Valero, por quase 70 anos. Em 1793 os oficiais espanhois distribuíram as terras das missões entre os indios que viviam ali. No inicio do século 20, um grupo da cavalaria espanhola se estabeleceu aí se referindo ao local como “ el Alamo“ devido ás árvores locais. El Alamo sempre foi um lugar de revolucionários, e os militares continuaram ocupando-o até a revolução do Texas. Em dezembro de 1835, texanos, espanhóis e mexicanos que viviam ali, lutaram contra as forças mexicanas que se encontravam aquarteladas no local, expulsando o Gal Perfecto de Cós e suas tropas. Os vencedores ocuparam o forte e reforçaram suas defesas. Em fevereiro/1836, o Gal Antonio Lopez de Sant‘anna chegou com um grande contingente, uns 6000 homens, e sitiou o forte. O comandante William B Travis e menos de 200 homens, resistiram por 13 dias contra um exército muito mais numeroso. Por 4 vezes enviou mensageiros pedindo ajuda, sem sucesso. Ao ver que não obteria reforços, conta-se que traçou uma linha no chão e pediu a quem estivesse disposto a ficar e lutar até a morte, que passasse para seu lado. Apenas um se recusou. O Álamo era estratégico para a defesa do Texas, que era então uma república independente. O assalto final ocorreu antes do amanhecer de 6 de março de 1836, quando soldados mexicanos se dirigiram ás muralhas do forte, muitos sendo contidos pelos canhões e armas dos defensores. Muitos outros vieram e conseguiram tomar o canhão, disparando contra o edifício principal e a igreja, conseguindo, por fim, dominar os defensores. Hoje, o forte é um museu, que tem alguns objetos da época, jardins onde voluntários contam a história da batalha, outros, vestidos á caráter, ensinam como se usavam as armas, como eram as comidas, etc. É mantido pela organização “Daughters of the Republic of Texas“ em honra aos mortos nesta batalha. Depois de alguns anos, o Texas foi anexado aos Estados Unidos da América, mas até hoje tem uma mística e identidade próprias, com suas caminhonetes enormes, botas de cowboy, a comida Tex-Mex, o gado “longhorn“ e a bandeira com a “lone star”. Para aproveitar um pouco mais, fomos á La Villita, um bairro histórico que parece um vilarejo hispano-americano, com muitas lojinhas e restaurantes. Á noite, fomos novamente jantar no Riverwalk e ao voltarmos para o hotel, passando pelo centro hitórico, estava tendo um show de som e luzes, projetado na fachada da igreja de San Fernando, muito bonito. Tudo muito tranquilo, com as pessoas sentadas pela praça.