Panamá City – Panamá

07/05/2014

Ganhamos uma carona do Jimmy, o dono do hotel, até o aeroporto. Pegamos o avião e menos de 2 horas depois estávamos aterrizando na cidade do Panamá. Resolvemos alugar um carro pois amanhã chegam as amigas Ana e Silvia. O aeroporto é bem moderno e o acesso á cidade pode ser feito por rodovias largas e pedagiadas. Tem-se que comprar um cartão ( US$3) e carregá-lo pois não se paga com dinheiro. Pode ser comprado nas cabines do pedagio e carregá-lo com o valor que quiser. Colocamos US$5. Tivemos um pouco de dificuldade em achar o hotel, pois ficava numa rua lateral. Mas, nada como ir perguntando, quando o GPS dá mancada. Ficamos no Royal Sonesta, e mesmo tendo chegado mais cedo, liberaram nossa entrada. Deixamos as coisas e fomos comer algo. Tinha um centro de compras perto (tipo 25 de março) e fomos comprar uns cabos para o computador e suporte para o GPS, pois deixamos na Cherry. Jantamos no hotel mesmo e, cama.

08/05/2014

Acordamos cedo pois vamos buscar a Ana e a Silvia no aeroporto; o voo chega antes das 7 hs. Mal acabamos de chegar, as meninas já sairam da sala de desembarque e, foi o tempo da Aninha fumar um cigarrinho e o Fernando já estava de volta com o carro. Vieram especialmente para nos visitar!!! Não sabemos expressar como ficamos felizes em tê-las conosco. Através delas, matamos um pouquinho as saudades de todos os amigos e familiares que não vemos há 3 meses. Brocudas que são, deixaram as malas no hotel e fomos passear. Agradecemos ao pessoal do Royal Sonesta, especialmente o Mário, que liberou o check-in das meninas, mesmo sendo tão cedo. A cidade do Panamá é moderna, com muitas avenidas largas e prédios futuristas. O skyline visto do nosso hotel lembra um pouco a Berrini e marginal Pinheiros. Fomos ao Albrook Mall, e apesar dos preços serem bem mais em conta que no Brasil, não achamos muita coisa. Quer dizer, elas não acharam, porquê Fernando e eu não estamos comprando nada. Como ele diz, estamos precisando é vender, pois a Cherry está lotada e acabamos usando sempre as mesmas coisas. Conclusão: precisamos de muito menos do que imaginamos. De volta ao hotel, ficamos no bar conversando e dando risada.

09/05/2014

Acordamos cedo pois hoje vamos á Colon, onde tem a zona franca. Ana e Silvia, restauradas depois de uma boa noite de sono, pegamos o carro e caimos na estrada. Ao chegarmos a Colon, encontramos a zona franca e, ao passarmos por um portão de entrada, fomos parados por um segurança que disse que teríamos que pagar US$15 para entrarmos. Disse que aquela era uma portaria especial e que na outra teria fila grande e precisaríamos de uma permissão especial. Como já estamos escolados com as espertezas, demos ré e fomos procurar outra portaria, por onde entramos sem qualquer problema. Haja paciencia!!! A zona franca é enooorme. Tem até guias, que te levam ás lojas específicas: eletronicos, tenis, óculos, bolsas, etc. Muitas lojas só vendem á atacado. Ah, umas dez peças? Nããão, um container inteiro!!! Com um sol de rachar mamona, fomos caminhando. A Silvia e Ana encontraram eletronicos ( iPad, iPhone, etc) e outros artigos com ótimo preço, pois não se paga imposto. Queríamos uma máquina fotografica, mas não encontramos aqui. Tem-se que andar muuuito para se encontrar o que se quer. Mas, pode valer muito a pena. Acho que não vimos nem metade das lojas. Lá pelas 3 hs já estávamos cansados e esfomeados e resolvemos ir ver o canal. O Canal do Panamá é um canal marítimo com 82 quilômetros de extensão, que corta o istmo do Panamá, ligando assim o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico, no Panamá. O canal é considerado como um ponto importante para o comércio internacional devido a grande diminuição do percurso feito pelos navios (a rota alternativa contorna o Cabo Horn). O canal começou a ser construído em 1880, pelos franceses, que foram derrotados pelas dificuldades da geografia, bem como por epidemias de malária e febre amarela, e foi terminado em 1914, pelos americanos. Os Estados Unidos e a China são os principais usuários do canal. Possui dois grupos de eclusas no lado do Pacífico (Pedro Miguel e Miraflores) e um outro grupo no lado do Atlântico (Gatún). Neste último, as portas maciças de aço das eclusas triplas de Gatún têm 140 metros de altura e pesam 745 toneladas cada uma, mas são tão bem contrabalançadas que um motor de 56 kW é suficiente para abri-las e fechá-las. O lago Gatún, que fica a 26 metros acima do nível do mar, é alimentado pelo rio Chagres, onde foi construída uma barragem para a formação do lago. Do lago Gatún, o canal passa pela falha de Gaillard e desce em direção ao Pacífico, primeiramente através de um conjunto de eclusas em Pedro Miguel, no lago Miraflores, a 15,5 metros acima do nível do mar, e depois, através de um conjunto duplo de eclusas em Miraflores. Todas as eclusas do canal são duplas, de modo que os barcos possam passar nas duas direções. Os navios são dirigidos ao interior das eclusas por pequenos trens que correm em trilhos ao lado do canal. O lado do Pacífico é 25 centímetros mais alto do que o lado do Atlântico, e tem marés muito mais altas. Ao todo, o canal tem uma extensão de 82 km, e tem uma grande importância no fluxo marítimo internacional, que hoje corresponde a 4% do comércio mundial; por ano passam pelo canal cerca de 15 mil navios, a um custo médio de U$100 mil (menor valor pago foi por um americano que cruzou a nado,U$0,36 e o maior valor foi U$429 mil, por um super cargueiro). As principais trajetórias saem do litoral leste norte-americano com destino, principalmente, à costa oeste da América do Sul; há também fluxo da origem europeia para a costa oeste dos EUA e do Canadá. Diversas ilhas situam-se no lago Gatun. Após dez anos de trabalho e da escavação de um volume de material quase quatro vezes maior do que o inicialmente projetado, o canal foi finalmente concluído a 10 de Outubro de 1913, com a presença do presidente estadunidense Woodrow Wilson, que naquela data apertou o botão para a explosão do dique de Gamboa. Diversos trabalhadores das Índias Ocidentais trabalharam no canal, e a sua mortalidade oficial elevou-se a 5.609 mortos. Concluídas as obras complementares, o canal entrou finalmente em atividade, a 15 de Agosto de 1914, e constituía-se numa maravilha tecnológica. A complexa série de eclusas permitia até mesmo a passagem dos maiores navios de sua época. O canal foi um triunfo estratégico e militar importantíssimo para os Estados Unidos, e revolucionou os padrões de transporte marítimo. Os Estados Unidos usaram o canal durante a Segunda Guerra Mundial para revitalizar sua frota militar devastada no Pacífico, após o ataque a Pearl Harbour em 7 de dezembro de 1941. Alguns dos maiores navios que os Estados Unidos tiveram que enviar pelo canal foram porta-aviões, em particular o USS Essex. Estes eram tão largos que, apesar de as eclusas poderem contê-los, os postes de luz que ladeiam o canal tiveram que ser removidos para que pudessem passar. Atualmente, os maiores navios que podem atravessar o canal são conhecidos como Panamax. Está em curso um projeto de ampliação do canal do Panamá, com a construção de uma nova hidrovia, que permitirá a passagem de navios muito maiores que os atuais, os chamados: post-panamax. Segundo o projeto o Novo Canal do Panamá será inaugurado durante as festividades dos 100 anos do primeiro canal. O plano de expansão consiste em criar um novo conjunto de eclusas paralelo às existentes, para ser operado simultaneamente junto às comportas atuais. Cada conjunto ascenderá do nível do mar até o Lago Gatún em apenas uma passagem, em oposição à situação atual, onde há uma passagem em duas etapas, Miraflores/Pedro Miguel. As dimensões das novas comportas serão da ordem de 427 metros de comprimento, 55 de largura e 18,3 de profundidade; a correspondente capacidade para navios será 366 metros de comprimento, 49 de largura e 15 de profundidade. Tais dimensões equivalem a um navio de containers de 12.000 TEU (twenty-foot equivalent – containers de 6,1 metros de comprimento). Cada conjunto de comportas será acompanhado por bacias de reutilização de água, de dimensões 430 m de comprimento, 70 de largura e 5,5 de profundidade. Tal arranjo permite coletar gravitacionalmente a água utilizada no tráfego pelas comportas, num reaproveitamento de 60%. As novas comportas estão projetadas para entrar em funcionamento em 2014, aniversário de centenário das comportas atuais. O canal e a Zona do Canal em torno foram administrados pelos Estados Unidos até 1999, quando o controle foi passado ao Panamá, como previsto pelos Tratados Torrijos-Carter, assinados em 7 de setembro de 1977, nos quais o presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter cede aos pedidos de controle dos panamenhos. Os tratados previam uma passagem gradual do controle aos panamenhos, que se terminou pelo controle total do canal pelo Panamá em 31 de Dezembro de 1999. O Panamá tem, desde então, melhorado o Canal, quebrando recordes de tráfego, financeiros e de segurança ano após ano. O Canal do Panamá foi declarado uma das sete maravilhas do Mundo Moderno pela Sociedade estado-unidense de engenheiros civis. Fomos ás eclusas de Miraflores, que tem melhor estrutura para visitantes e já próximo á cidade do Panamá. Pode-se pagar ingresso apenas para o Mirador (U$15) ou para o restaurante com buffet (U$37) com vista para o canal. Optamos pelo restaurante, pois estávamos com fome. Comida, no máximo honesta. Mas é muito legal ver os enormes Panamax (como são chamados os navios que passam pelo canal) cruzando o canal. A eclusa de Miraflores tem 3 níveis, e é impressionante ver os bichões passarem. No youtube tem várias animações explicando como funciona. E é um atrás do outro. De volta ao hotel, Fernando checou o rastreador e Cherry ainda não se moveu….

10/05/2014

Tomamos café da manhã calmamente com nossas amigas e fomos ao Multiplaza Mall. Um shopping moderno, com lojas de marcas conhecidas. Conseguimos encontrar a máquina fotografica que queriamos, com um bom preço. Voltamos pro hotel e pegamos um táxi para conhecer a parte antiga da cidade, o Casco Viejo. Boa parte ainda está sendo restaurada, existem vários edificios em ruínas, alguns com cortiços. O motorista do táxi disse que se pode comprar um desses imóveis do governo e restaurá-lo. Mas, também tem várias praças retauradas, com muitos bares e restaurantes. Em uma das praças, fomos abordados por um rapaz, polonês, que junto com dois irmãos argentinos, estão viajando num ônibus pela América. Detalhe: o ônibus é da década de 80 e pertenceu a outro argentino que viajou com ele durante 25 anos. Claro que fomos conhecer o ônibus! Que é um motorhome, com 3 camas, banheiro, armarios, cozinha. Tudo bem velhinho, mas que os meninos mantinham organizado. Perguntamos se andava bem e nos disseram que sim, que não tem muitos problemas. Para angariar fundos, fazem qualquer tipo de trabalho, ás vezes escambo (trocam trabalho por uma peça pro ônibus, por comida, etc), pedem ajuda, ou seja, vão se virando. Muito simpáticos e divertidos. Nada como ter 20 anos!!! Sentamos num bar na praça e ficamos batendo papo e curtindo a noite e as amigas. Ao chegarmos, havia e-mail da Evergreen, informando que o navio partiria hoje á noite e chegaria amanhã em Colon. Dedos cruzados…

11/05/2014

Dia de partida. Da Silvia e Ana para São Paulo, e Fernando e eu para Colon. Ficamos ajeitando as coisas no hotel, batendo papo (conseguimos um check-out tardio – Gracias, Melissa) até a hora de irmos. Ás 2 horas, nos depedimos de nossas queridas amigas (vocês alegraram ainda mais nossos dias. Amamos vocês!!!), que foram para o aeroporto, e nós para a rodoviária. Chegamos e tinha um ônibus saindo naquela hora. Pegamos os dois últimos lugares, no fundão. Preço da passagem para Colon, U$3,15. Mais barato que táxi desde o hotel (U$3,50). Como este era o expresso, em menos de 2 horas estávamos no hotel, que era próximo do terminal, próximo do porto e da zona livre. Como Fernando tem que ir amanhã cedinho, junto com o Olivier, ao porto para retirarem o carro, optamos por ficar perto.