Iquique – Chile

07/03/2014

Dia neblinado e saímos em direção a Antofagasta. As estradas são muito boas, mesmo as de rípio. Como ainda era cedo, resolvemos seguir até Mejillones, uma cidade menor. Temos tentado, na medida do possível evitar as grandes cidades. Só que a cidade estava lotada; alguma empresa locou todos os quartos de hotel da cidade. Seguimos em frente, pensando que talvez pudéssemos achar alguma prainha tranquila e, realmente, passamos por várias. Mas não sei se devido ao horário da siesta, não conseguimos nada. Algumas pareciam desabitadas. Assim, seguimos até Tocopilla, onde achamos um hotel simplesinho, onde pernoitamos. Após as 19 horas, a cidade começa a se animar. Ainda acho estranho tudo fechar, inclusive restaurantes, para a siesta. Comemos um ótimo sanduba na La Ideal, uma confeitaria que existe desde 1930, onde fomos muito bem atendidos pela Paola e as demais “chicas. Muchas gracias, señoritas!!

08/03/2014

De volta á estrada, costeando o Pacífico o tempo todo. A paisagem é de um contraste só: mar e rochedos á esquerda e areia, montanhas e pedra á direita.
Muito pouco trânsito, mesmo num sábado. Constante é a presença maciça de caminhões. E camping; as pessoas acampam bastante por aqui e muitas praias têm uma infraestrutura básica, com banheiros, chuveiros, etc.
Iquique é uma cidade bonita, com uma orla bem cuidada e bons hotéis. Almoçamos e fomos dar um passeio pela praia. Como estava sol, tinha bastante gente, na areia e na água. Que continua gelaaaada!!! Mas pelo menos é própria para o banho. A moçada com bodyboard e roupa de neoprene, naturalmente.
Vimos alguns lobos do mar nadando muito próximo dos banhistas, sem parecerem se importar. Nos contentamos em caminhar pela areia e esticar um pouco o esqueleto, rsrsrs….

09/03/2014

Fomos caminhando até a praça principal da cidade, que tem uma área de casario preservados (alguns nem tanto). A Calle Baquedano é uma rua de pedestres, por onde circula um bondinho e tem vários bares e hoteizinhos. Na praça Pratt, tem uma torre do relógio, o teatrão que hoje é museu e no canto, tem um restaurante que já tínhamos visitado uma outra vez, com estátuas de Don Quixote e Sancho Pancha, bem pitoresco. Procuramos um centro de informações turísticas, mas, estava fechado. Queremos visitar um parque próximo daqui e queríamos informações.
À noite, comemos num restaurante japonês/peruano, Samurai, com comida muito boa. O engraçado é que tem sushi de abacate. Aliás, usa-se muito abacate (palta, aquele pequeno) em saladas. Claro que tem uma estátua colossal de um samurai e tiramos foto.

10/03/2014

Resolvemos ir ao Parque Volcán Isluga mesmo sem muitas informações. Acordamos cedinho (como nos velhos tempos, ás 6 horas) e pegamos a estrada. Mas valeu apena pois vimos o nascer do sol! Não tenho outra palavra pra descrever a paisagem desta região: dramática. Me surpreendo a cada dia! Passamos por pequenos povoados, alguns abandonados e, finalmente, vimos os primeiros guanacos. Estamos viajando por Argentina e Chile há 30 dias, e não tínhamos visto nenhuma lhama, alpaca, guanaco. Talvez porque não tivéssemos chegado ao altiplano. Aqui vimos todos, inclusive lhamas (que são domesticadas) paramentadas com brincos e colares. Vimos também o que pareciam ser emas (ou parentes próximos), raposas, uma lebre parecida com um chinchila, a viscacha e pássaros. O centro de informações no parque também estava fechado, mas falamos com um casal de moradores de Enquelga, povoado com umas 10 casas, onde vivem descendentes dos índios aimarás, que nos indicaram onde ir. Fomos seguindo pela estrada de rípio, com lagoas, patos, flamingos e chegamos numa área com vários gêiseres, um que jorrava a uns 10 metros de altura. O Sr Engenheiro mediu a temperatura, que variou de 53 a 75 graus. Dava bem pra cozinhar um ovo, rsrsrs. A água é cristalina e brota de vários “olhos” no chão. E não tem aquele cheiro forte de enxofre, como já sentimos em outros lugares. E sempre ao fundo o vulcão Isluga. Como estávamos a mais de 4000 m, só caminhamos um pouco por ali, fotos e mais fotos e fomos voltando. Também estávamos preocupados com o combustível, pois apesar da Cherry ter uma autonomia muita boa, pela altitude e estradas não muito boas (umas costelas de vaca legais), o consumo foi maior. Apesar da mudança de altitude, saindo de 32 m do nível do mar e chegando a 4410 m, a Cherry se comportou muito bem, sem qualquer problema. Além disso, rodamos por areia, pedra, cruzamos um arroio, sem sustos. E a gente também tolerou bem a altitude, sem sintomas do mal das alturas. Ficamos bem felizes!!! Voltamos a Iquique, ainda com um quarto de tanque e a tempo de curtir o pôr do sol que por aqui é sempre depois das 20 hs.