Ushuaia – Argentina

05/12/15

hoje nosso destino é Ushuaia, a cidade mais austral das Américas, situada no arquipélago da Terra do Fogo, separado do continente pelo estreito de Magalhães. Terra do Fogo, nas águas geladas, quase batendo na Antártida?? O arquipélago tem esse nome porque Fernão de Magalhães e sua tripulação, que foram os primeiros (há controvérsias, pois há uma teoria de que os chineses estiveram por aqui séculos antes dos europeus) a cruzar o estreito que hoje leva seu nome, viram fogueiras que pareciam flutuar nas águas enevoadas do amanhecer, acesos pelos nativos. Formado por uma ilha principal – Ilha Grande da Terra do Fogo, a maior ilha da América do Sul e um grupo de ilhas menores. Sua superfície total é de 73.753 km² (semelhante ao território da Irlanda). A ponta mais a sul do arquipélago é o Cabo Horn, uma ilhota gelada. O terço mais ao leste é argentino e o restante, chileno. Ushuaia é a principal cidade local, entre as montanhas e o mar, em uma baía protegida dos ventos gelados do canal de Beagle. Desde Rio Gallegos até a fronteira com o Chile são uns 100km, e como em outras fronteiras Argentina- Chile, tudo integrado num mesmo local, e é só ir seguindo os passos, sem problemas. Daí, seguimos até Punta Delgada, onde se pega uma balsa para cruzar o estreito de Magalhães, desembarcando em Bahia Azul e seguindo por território chileno, alternando asfalto e rípio, estrada boa e péssima, novamente fronteira, agora Chile-Argentina, em locais separados e finalmente, a RN3, que nos leva até o Ushuaia, passando ao lado do lago Fagnano, com suas águas esverdeadas. Chegamos à Ushuaia e tivemos um pouco de dificuldade de achar o hotel que tínhamos reservado, pois estava numa estrada que seguia depois de um portão. Pelo menos é bem bonito, no alto, com uma bela vista da baía e canal de Beagle. Deixamos nossa mala e fomos conhecer o glaciar Martial, subindo por uma estradinha sinuosa. Mas, como o teleférico estava parada, deu preguiça de subir à pé e só ficamos observando-o de longe e apreciando a vista. Ainda deu tempo para darmos uma volta pelo centro da cidade, com seu clima alpino e arquitetura típica.

06/12/15

vamos fazer um passeio de barco pelo canal de Beagle, de onde se tem uma bela vista da cidade, cercada de montanhas e com suas casinhas coloridas. Pega-se o barco no Muelle Turístico, e quando chegamos lá, tinha um barco saindo e pegamos este mesmo. Um vento gelado e chuvinha fina, não nos impediram de apreciar o passeio, onde um guía vai explicando e mostrando no mapa. Tem o farol, restos de naufrágios, ilhas com cormorões e leões-marinhos. Ainda descemos numa ilha para uma caminhada e foto com uma faixa dizendo que ali era “el culo del mundo”, hehehe. De volta a cidade, fomos ao Parque Nacional Terra do Fogo, que se estende ao longo da fronteira do Chile, canal de Beagle e serra Injugoyen. São 3 setores principais: baía Ensenada, lago Roca e baía Lapataia. Chega-se à entrada do parque por uma estrada de rípio e a primeira parada é na baía Ensenada, onde se pode fazer uma trilha fácil, a Senda Costanera, de uns 7 km, costeando o canal de Beagle, passando por uma floresta de faias. Próxima parada é no lago Roca, um lago verde onde havia um grupo de escoteiros acampados. Fizemos a trilha que margeia o lago, à sombra das árvores. Daí, seguimos para a baía Lapataia, passando pelo lago Verde, que na verdade é uma curva do rio Ovando, e seguindo até o final da RN3, de onde se pode pegar barcos. Aqui tem inúmeras trilhas, e fizemos algumas delas, que se interligam, passando por mangues, colinas, ilhotas e orla marítima. Fomos até a Castorera, uma represa feita por castores, mas não vimos nenhum. Na saída, pose para foto do que mostra a distância do Alaska ao Ushuaia: 17.848 km!; e ainda demos uma passada na Estación del Tren del Fin del Mundo, que faz um roteiro turístico pelo parque e que era o final da linha de trem que levava à prisão. De volta à cidade, demos uma volta pela orla e pela cidade e também, aproveitamos pra trocar dinheiro. À noite, fomos comer uma Centolla, o caranguejo gigante da região. Confesso que fiquei com pena de ver o bichão no prato. É tradição você escolher o bicho vivo no aquário, mas não tivemos coragem… Mais um objetivo cumprido, visitamos as Américas do seu extremo norte ao seu extremo sul!

07/12/15

agora sim, iniciamos nosso retorno para casa, fazendo o trajeto inverso: fronteira Argentina-Chile, estrada e mais estrada, balsa pra cruzar o estreito de Magalhães e fronteira Chile-Argentina. Seguimos até Rio Gallegos onde pernoitamos e amanhã seguimos para Península Valdez.

Vejam as fotos: