Calafate – Argentina

01/12/15

hoje vamos até El Calafate, uns 200km à frente, pra não forçar muito a coluna do Fê. Continuamos margeando o lago Viedma, até chegar na Ruta 40, asfaltada e em ótimas condições. Paramos no Hotel La Leona, assim chamado porque em 1877, um puma fêmea (leona) atacou o naturalista Perito Moreno, que acampava aí, em uma de suas excursões pela Patagonia. O hotel foi construído em 1894, por imigrantes dinamarqueses e, em 1905, hospedou os pistoleiros Butch Cassidy e Sundance Kid e seu bando, que haviam assaltado um banco em Rio Gallegos e estavam fugindo para o Chile. Dá pra imaginar? Os caras e a noiva do Kid, vieram desde os EUA (como? à cavalo? brincadeira, pegaram um navio em NY), fugindo, procurados, vivos ou mortos, e assaltaram bancos e trens aqui. Eram conhecidos por seu charme e não pela violência. Até tentaram viver honestamente, comprando um rancho no Chile, mas durou pouco. Voltaram á vida de assaltos, e, dizem alguns, e é o que mostra o filme com Paul Newman e Robert Redford, foram emboscados e mortos na Bolívia. Outros, que eles retornaram aos EUA e viveram pacificamente. Vai saber… O hotel exibe fotos e reportagens da época, bem como de vários montanhistas que se hospedaram ali. Pouco mais de uma hora e chegamos ao lindo lago Argentino, com sua incrível cor turquesa e rodeado de picos nevados. Fomos `a nossa pousada, almoçamos e descansar.

02/12/15

hoje vamos visitar aquele que é, provavelmente, o glaciar mais visitado das Américas, o Perito Moreno. Originário nos Campos de Gelo do Sul, está dentro do Parque Nacional Los Glaciares e, para chegar-se a ele paga-se algo como US$20/pessoa. O que o torna tão interessante é que se pode chegar bem perto dele, por passarelas construídas para este fim e observar os blocos de gelo se desprendendo e caindo com um estrondo no lago Argentino. Tem uma frente de uns 5 km, por 60 m acima do nível da água. E, também, ele se desloca, como se escorregasse, chegando a represar o braço Rico do lago, com um desnível de até 30m. Com o passar do tempo, a água vai forçando passagem, levando a ruptura desse dique de gelo, que ocorre a cada 3-4 anos. Pode-se também ir de barco até bem próximo dos paredões de gelo e, mesmo, fazer um mini trekking, com guía. Tudo pago e caro. Fizemos a caminhada pelas passarelas, observando o azul intenso das frestas e ouvindo, vez que outra, o estrondo de uma parte que se desprendia e despencava no lago, formando ondas. Pode-se ficar horas por ali, abrigado por um bom casaco corta-vento, claro. Não há consenso entre os glaciólogos, mas parece que ele é um dos poucos que vem avançando, ie, está aumentando e não diminuindo de tamanho.

Vejam as fotos: