Monterey Bay, California – USA

13/04/15

voltamos à Hwy 1, mas agora menos acidentada e não tão perto da costa. E também, um trecho bem mais curto, pois nosso destino é na Monterey Bay. Pelo caminho, campos arados e plantações de morango a perder de vista. Nada neste país é pequeno!!! E a colheita de morangos é manual, direto do pé para as caixas. E imagino que as pessoas recebam por caixas colhidas, pois eram bem rápidos para encher as caixas. Chegamos a Monterey cedo e aproveitamos para conhecer o Aquarium, que fica numa área onde era o antigo porto e fábrica de enlatados e que hoje abriga diversas lojas e restaurantes, bem bonito. O aquário nem é muito grande, mas tem uma área de águas vivas que é a grande atração. E tem várias sessões interativas para crianças, que estavam por todo lugar. Adoramos as águas vivas, miúdas, grandes, etéreas, coloridas. E também os polvos, muito legal. Eles têm vários programas de reabilitação de animais, conseguindo devolver alguns ao mar e outros, que não conseguem se readaptar, ficam por ali. Tem algumas “sea otter” (lontra marinha), muito fofas, e bebês que são encontrados e levados ao aquário, que são “adotados” por animais adultos até que possam ser devolvidos ao mar. Têm também um projeto de estudo de tubarões brancos, colocando rastreadores e seguindo a rota de migração, destes terrores dos mares, cujos hábitos são muito pouco conhecidos. Achava-se que eles ficavam sempre beirando a costa, mas, com este estudo, descobriram que eles passam uns 6 meses em mar aberto, numa área entre o continente e o Havaí. Agora é descobrir o porquê….

14/04/15

hoje fomos deixar a Cherry para revisão e ficamos andando pelo centro antigo da cidade de Monterey, com sua herança espanhola e casas de adobe. Visitamos um museu onde foi a primeira reunião para a definição da constituição. Pegamos a avenida e voltamos caminhando a Cannery Row, perto do aquário, onde existiam indústrias de beneficiamento de peixes e o porto e que foi revitalizada e transformada em galerias, lojas, bares. E também vários hotéis e condomínios. E aí, encontramos a Glauce e a Sônia, mineiras de BH e que estavam fazendo o trajeto de San Diego a San Francisco, de carro. Muito simpáticas e animadas. Daí a pouco, recebemos um telefonema do Kevin, da concessionária, avisando que teríamos que trocar os 4 freios (afinal, já rodamos 80.000 km) e que demoraria dois dias, pois tinha que vir de outra cidade. Andamos mais um pouco, passamos por uma feirinha de rua e comemos um churro, pegamos um ônibus e voltamos pro nosso hotel.

15/04/15

dia de caminhada pela praia, indo á esquerda, pegando parte da 17 Mile Road, uma estrada que passa por dentro de um condomínio de luxo, e passando por Spanish Bay, Point Joe e Bird Rock, onde centenas de pássaros se empoleiram: gaivotas, cormorões, pelicanos, mergulhões, patos, disputam o espaço com focas e elefantes marinhos. Esta é a época em que as focas estão amamentado seus bebês e vemos dezenas delas nas pedras e na areia, tomando sol. Andamos bem uns 12 km. Todo o trajeto tem calçadão, ás vezes “engolido” pela areia, com muitos canteiros e bancos pra se sentar. E como é primavera, flores por todo lado, principalmente a “ice plant”, um tipo de suculenta, planta trazida da África e que se tornou endêmica nesta região e ajuda a prevenir a erosão. Pelo caminho, encontramos um grupo de uns 70 anos, fazendo piquenique, amigos desde a infância e que se reencontram periodicamente. Amizade de mais de 50 anos… Mais à frente, um grupo de mamães focas com seus bebês. E um deles, puxava a mãe para a àgua, mas ela não queria ir. Ele foi sozinho, mas quando ela percebeu que ele não estava por perto, pulou na água e foi buscá-lo. E o safado ainda quiz uma mamada, hehehe. Mãe é mãe, sempre.

16/04/15

hoje caminhamos para o lado direito da praia, e quando vimos estávamos em Cannery Row, de novo. Almoçamos num restaurante mexicano, arroz feijão e um bife, bem gostoso. Seguimos mais um pouco, passando por praias bem populares e chegamos à Naval Dunes Preserve, uma área de dunas e praia, mantidas pela Marinha. Logo em frente está a escola da Marinha e foi aí que pegamos nosso shuttle para ir buscar a Cherry, com seus “sapatos” novos. Nosso agradecimento ao Kevin, que se esforçou para o carro ficar pronto o mais rapidamente possível. Para comemorar, fomos até Carmel, um point chique aqui ao lado. Nos juntamos a dezenas de pessoas na praia, para o pôr-do-sol, que não decepcionou. Mais umas voltas pelo centrinho e, voltar pra “casa”.

17/04/15

de volta à estrada, pegamos um trecho da 17 Mile drive, uma estrada que vai até Carmel onde paramos para visitar a Missão local, San Carlos Borromeo, com seus jardins de rosas. A 17 Mile drive tem um “pedágio” nas duas pontas, de dez dólares. Vai por dentro do condomínio, com suas praias particulares, campos de golfe e casas espetaculares; e alguns pontos para acesso público e vários mirantes, como o Lone Cypress, um cipreste solitário, bem na ponta do rochedo e a “ghost tree”, troncos de árvores mortas, retorcidos e esbranquiçados pela ação do tempo. Paramos na Bixby Creek Bridge, uma ponte de um só arco, para cruzar um vale e seguir pelos penhascos. Ainda demos uma parada no Julia Pfeifer Burns State Park, para uma trilha até o mirante de uma cachoeira, McWay Falls, que despenca no mar. O parque tem uma história bem legal: Julia Pfeifer chegou com os pais a essa região com um ano e sempre viveu por aqui, ajudando o pai a cuidar das terras e gado que possuíam e arrendavam. Fazia de tudo e quando o pai ficou doente, ela tocava o rancho sozinha. Talvez por isso só tenha se casado com mais de 40 anos. Helen Hooper Brown, era herdeira do Bank Boston e casada com um político importante e que se apaixonou pela região e construiu um palacete ali, um dos primeiros a ter energia elétrica. Estas mulheres tão diferentes se tornaram grandes amigas e, anos mais tarde, os Brown doaram as terras para o estado, com a condição de ser criado um parque com o nome de Julia e, que se a casa não pudesse ser transformada em museu em até 5 anos, que fosse demolida, o que aonteceu. Hoje vê-se apenas as fundações do que um dia foi uma mansão. Como se não bastasse a paisagem deslumbrante, ainda passamos por uma praia, que estava isolada, pois milhares de focas e elefantes marinhos se espalhavam com seus bebês. Ficamos um bom tempo observando-os. Chegamos a Morro Bay no final da tarde e ainda deu para dar uma volta pela região do porto, com vários bares e ir ver o pôr-do-sol à beira do dique.

Vejam as fotos: