Bocas del Toro – Panamá

14/08/15

dia de cruzar a fronteira que está a uns 170 km de Bahia Drake. Saimos cedo pois a estrada não é muito boa e chegamos à fronteira por volta das 10:30 hs. Não se paga para entrar, mas paga-se para sair da Costa Rica: US$12/pessoa. No Panamá a moeda é o balboa, mas só existe em moeda pois o dólar é a moeda usada: 1balboa = 1 dolar. Seguimos pra a aduana do Panamá e dá-lhe burocracia: aqui tem-se que comprar primeiro o seguro do carro- US$15; uma funcionária tem que preencher um formulário com os dados do carro, e claro, que errou o nome do Fê e enquanto refazia, fiquei conversando com uns caminhoneiros que também aguardavam papéis, inspeção , etc. Assim o tempo passou mais rápido e me diverti. Depois vai-se à janela da imigração: preenche formulário, mostra que tem US$500 ou cartão de crédito, paga-se US$12 pega o carimbo de entrada e vai-se à aduana fazer a importação temporária do carro. Fomos atendidos pelo mesmo funcionário que nos atendeu há um ano atrás, quando subimos. Resta agora fazer a inspeção da carga e um dos meus amigos caminhoneiros chamou um conhecido que nos pediu para tirar uma mala e mochila, para passar no RX. Mas como tinha muita gente, ele nos mandou levar de volta pro carro e guardar. E, na maior cara de pau, pediu propina. E eu achando que ele estava sendo simpático! Lá se foram US$5, pois me pegou tão de surpresa (Fê estava guardando as malas), que não tive como argumentar. Duas horas depois, estamos no Panamá, em direção à David, que não tem grandes atrativos, mas tem uma melhor estrutura de hotéis para passarmos a noite e seguirmos amanhã.

15/08/15

nosso destino é Bocas del Toro, um arquipélago na costa do Atlântico, com várias ilhas, sendo Isla Colón a mais povoada e onde chega a balsa. Como a balsa sai às 7hs da manhã, fizemos mais uma parada em Almirante, de onde parte a balsa. Achamos um hotel legal, Bocas Ridge, a uns 8 km do porto, em Ojo de Água, com uma bela vista do mar e muitos pássaros. Final de tarde, vários tucanos, papagaios, periquitos. Amanhã, acordar cedo pra pegar a balsa para Isla Colon. Tentamos comprar ou reservar, mas não é possível. O jeito é madrugar pois não sabemos quantos carros cabem e nos disseram que é por ordem de chegada.

16/08/15

a princípio, achamos que havia só uma balsa que transporta carros, Ferry Palanga, uma vez ao dia, saindo às 7hs da manhã, exceto às segunda-feiras. Mas, enquanto aguardávamos o embarque, nos disseram que há um ferry menor, Mantarraya, que sai mais cedo e é mais barato. Às 6:40 hs, embarcamos, paga-se US$30 na balsa mesmo e o trajeto leva duas horas. Não há como reservar ou comprar antes, então o jeito é chegar cedo na fila. Enquanto esperávamos, passou alguém e gritou: Brasil! Daí a pouco, apareceu um rapaz falando português e nos ofereceu dois capuccinos. Ele é árabe, morou no Brasil e é casado com uma brasileira e vive aqui. Valeu! Chegamos à cidade de Bocas del Toro, meio decadente, com suas casas meio arruinadas. A United Fruit Company iniciou sua produção de banana em larga escala em 1900 e, em 1920, Bocas Town tinha uns 20 mil habitantes e era uma das regiões mais prósperas do Panamá. Mas, por volta de 1930, uma praga forçou o fechamento da indústria de banana, que se mudou para o continente, e começou o declínio da cidade. Nos últimos anos o turismo vem crescendo, mas não existem grandes hotéis no local. Outras ilhas como Bastimentos, Carenero e Cristobal também tem hotéis e são mais tranquilas, mas o acesso é só por pequenos barcos, que podem ser arranjados no porto de Bocas Town ou mesmo, combinados com seu hotel. Como estamos com a Cherry, achamos uma pousada em Boca del Drago, uma praia mais afastada, por uma estrada esburacada, ao lado da praia das estrelas, onde se pode ver estrelas do mar de monte. A pousada também já conheceu melhores dias, mas os proprietários são bem simpáticos e prestativos. Debaixo de chuva, fomos até a praia das Estrelas, mas seja pela chuva ou pelo movimento dos barcos que chegam trazendo turistas, não vimos sequer uma estrela! Aproveitamos pra almoçar e como a chuva deu uma trégua, caminhar um pouco.

17/08/15

De manhã, fomos caminhando até um povoado aqui perto, para comprar água e ver se achávamos alguma fruta, Água conseguimos, mas frutas sóe em Bocas. De volta à praia das Estrelas, sem sol, mas com poucos turistas, logo vimos umas estrelas do mar. Fê ficou snorkelando e eu, caminhando pela água, vendo as várias estrelas. Passamos o dia por lá, tiramos muitas fotos e voltamos à pousada, à tempo de ver o pôr-do-sol, que depontou de leve entre as nuvens

18/08/15

tínhamos pensado em fazer um passeio de barco até Cayo Zapatillas, uma ilha de areias brancas, mas amanheceu chovendo e desistimos. Aproveitar para atualizar o blog, baixar fotos, descansar. Final de tarde, Fê foi com 3 espanhóis, Chino (o dono da pousada) e Montenegro (o faz tudo) fazer um passeio de barco numa área de corais moles aqui perto. Como Montenegro (64 anos) é bom de pesca e apnéia, voltaram com lagosta, caranguejo e mariscos o que resultou numa deliciosa paella, que foi nosso jantar. Muito bom!

19/08/15

como a balsa só sai às 3 hs da tarde, fomos dar um passeio pela cidadee conhecer mais algumas praias até a praia Bluff, boa para surf e acessível por uma estradinha ainda pior. Boa parte das pessoas vai ou de bicicleta ou de quadriciclo. Esta é uma área de muitas correntes, então tem-se que ter muito cuidado ao entrar na água. Voltamos pra cidade, colocamos o carro na balsa, pagamos novamente os US$30, e fomos almoçar num restaurante italiano à beira mar, ali ao lado, vendo estrelas do mar e cardumes. Hoje dormimos novamente em Ojo de Água e amanhã, seguimos pra cidade do Panamá, para iniciar os trâmites de envio do carro.

Vejam as fotos: