Santa Ana, El Salvador

15/07/15

sempre nos disseram que El Salvador era um país muito perigoso e que não deveríamos passar por aí. Talvez pelo passado de guerrilhas que durou mais de 20 anos e terminou com um acordo assinado em 1992; ou pela presença dos Mara, uma gangue de salvadorenhos que foi expulsa de Los Angeles e se estabeleceu aqui e em vários outros países. Mas o fato é que encontramos um país mais bem organizado, com estradas melhores, um povo hospitaleiro e muitas belezas. Como nos disse, o Alfredo, nosso anfitrião e guia em Santa Ana, é o país dos 45 minutos: em 45 minutos se chega à montanha, outro tanto à capital, mais outro à praia. É menor que o estado de São Paulo e De norte à sul, tem em torno de 300km e um pouco menos de leste à oeste. O trâmite de fronteira é igual aos demais, um pouco lento, com a diferença que não se paga nada e não somos “atacados” pelos tramitadores. Santa Ana está a uns 40 km da fronteira e é uma cidade com centro colonial, mas com todas as comodidades de uma cidade moderna. Nosso hostel é um pouco afastado, em uma bonita casa com jardins e pássaros. A Rosy e o Alfredo (mãe e filho) são nossos anfitriões e nos receberam super bem. Fomos ao centro, com sua praça e catedral, que estava fechando e, seguindo a dica da Rosy, fomos ao Teatro Nacional de Santa Ana, para apresentação de um recital de uma pianista japonesa (aliás, El Salvador tem vários acordos com o Japão, inclusive para escavação das ruínas), que foi bem legal. Daí, debaixo de chuva, fomos a uma pizzaria com ambiente legal e boa pizza, além da cerveja local, Suprema, bem leve.

16/07/15

hoje vamos conhecer algumas ruínas mayas, começando por Tazumal, pequena mas parcialmente restaurada e ainda com muito por descobrir. Acredita-se que o que está visível é apenas o topo das pirâmides e que onde hoje está o povoado, exista uma grande área a ser escavada. O local é pequeno, mas bem cuidado com um museu mostrando alguns artefatos encontrados ali. Dli seguimos para Joya de Cerén, a Pompeia da MesoAmérica, pois como sua famosa irmã italiana, foi soterrada por cinzas de uma explosão do vulcão Loma Caldera, occorrida em 600AD, mas dandotempo a seus moradores de fugirem correndo. Foi descoberta em 1976 e vem sendo escavada, com a ajuda dos japoneses. Ainda é possível ver as camadas de cinzas que cobrem as estruturas. E no museu, pasmem, mandiocas fossilizadas. Sei de alguém que certamente quereria fazer uma “saudação à mandioca”, kkkk. Ah, e aqui conseguimos fotografar o torozco, a ave símbolo da Guatemala e que arranca parte das penas da cauda, até onde alcança o bico. Será que é stress? Nossa última ruína foi San Andres e aqui encontramos um grupo de brasileiros e argentinos, que estavam partcipando de um congresso de americanistas. Mal acreditamos quando ouvimos alguém falando em português! Quem sabe consigam ajudar a char soluções pra nossa América Latina, tão díspar mas tão igual!

17/07/15

hoje vamos com o Alfredo escalar o vulcão Santa Ana. O caminho até lá é bem acidentado, com mirantes para o lago Coatepeque e vista de outros vulcões; sem um guia, certamente não chegaríamos. Fomos os primeiros a chegar à base do parque e tivemos que esperar mais umgrupo e a Politur, a polícia de turismo, 2 guardas que acompanham os grupos. Sem eles não se pode ir. Boa parte do trecho é sombreada, sempre subindo, com vistas do lago Coatepeque e depois de uma hora chegamos ao topo e dentro da cratera está um lago verde jade, de enxofre borbulhando. Aí conhecemos o Rafael que é do órgão de turismo da Guatemala e dois professores universitários de Madrid, engenheiros, Carlos e . Na descida demos boas risadas com as tiradas do Carlos. Quando estávamos chegando na cidade, tudo parado, pois havia um desfile para início das festividades da padroeira da cidade. Mas, Alfredo desviou e conseguimos chegar em casa. Pena que não deu pra voltarmos ao Centro, pois queria muito ver a Catedral por dentro. Assim, decidimos cozinhar e tivemos a companhia da Rosy, Alfredo e Gabriela, noiva do Alfredo. Fizemos nosso tradicional frango mineiro com arroz, acompanhado de um Cabernet do Napa e cerveja para os meninos. Foi uma noite muito agradável com nossos novos amigos. Gracias, Rosy, Alfredo e Gabriela!

Vejam as fotos: